Os desafios do diagnóstico e tratamento da fibromialgia foram tratados no programa ‘Toda Mulher’ desta quarta-feira (XXXX), na TV Assembleia. A convidada foi a jornalista Andressa Miranda, que recebeu o diagnóstico da doença quando tinha 24 anos, em 2011.
“Assim que soube do diagnóstico, busquei informações, e fui à luta. Criei uma campanha e acabei indo para Goiânia, onde conheci um médico de medicina integrativa, com o qual ainda me trato até hoje, e passei por um processo de reabilitação”, explicou.
A fibromialgia, assim como o Alzheimer e o lúpus, é uma doença que não tem cura conhecida pela medicina. Segundo especialistas, a fibromialgia é uma síndrome de sensibilização central que apresenta uma dor crônica generalizada.
“Como não há um exame capaz de diagnosticar a fibromialgia, o diagnóstico geralmente é realizado na prática clínica, por meio de achados e experiências subjetivas do profissional, o que dificultou a sentenciar o meu diagnostico. Comecei a sentir dores no braço, que foram consideradas como lesão por esforço repetitivo, também o médico desconfiou de algum linfoma, por conta do braço estar muito inchado”, contou.
De acordo com Andressa Miranda, a fibromialgia e transtorno depressivo são, frequentemente, temas correlacionados. Isso ocorre porque, de acordo com a Sociedade Americana de Ansiedade e Depressão, 20% dos pacientes que sofrem de dores crônicas manifestam algum distúrbio de humor.
“O impacto negativo dos sintomas provocados pela doença é intenso, a ponto de impedir o cumprimento de nossas atividades, obrigações sociais e laborais. Temos dificuldades para realizar tarefas motoras e cognitivas. Nos relacionamentos, os sintomas têm potencial de interferirem no contato social, prejudicando as relações familiares e sociais. Somado às alterações cognitivas e à sua natureza incapacitante, o alto estresse psicológico gerado se torna o estímulo para o desenvolvimento de transtorno psicológico, tais como a depressão”, explicou.
Papel importante
A jornalista vem desempenhando um papel importante em suas redes sociais apoiando e acolhendo outros fibromiálgicos. Andressa Miranda disse que passou muito tempo escondendo o diagnóstico por conta do preconceito.
“No período das minhas crises, eu ficava imersa na dor, não queria levantar da cama, pentear cabelo, tomar banho, falar com as pessoas, não conseguia ficar muito tempo sentada. Eu não permitia que meus colegas de trabalho me vissem assim”, afirmou.
Andressa Miranda se emocionou ao falar no assunto e disse que, hoje, a doença está em estado de remissão. “Sou grata por poder ter uma vida normal novamente, fazer atividade física, trabalhar e cuidar das minhas filhas”, declarou.
A jornalista declarou, também, que a síndrome não é doença, destacando a importância das pessoas portadoras de fibromialgia procurem acompanhamento psicológico.
“A vida continua. Esse é um momento de reflexão, de autoconhecimento, autoconfiança e novo estímulo para continuar”, concluiu.
O ‘Toda Mulher’ tem apresentação da jornalista Márcia Carvalho e é exibido às quartas-feiras, sempre às 15h, na TV Assembleia (canal aberto digital 9.2; Maxx TV, canal 17; e Sky, canal 309).
Agência Assembleia