A Polícia Federal, em uma ação conjunta com a Controladoria Geral da União (CGU), desencadeou hoje uma operação de grande magnitude, denominada ‘Operação Mustache’, que investiga desvios de verbas públicas superiores a R$ 10 milhões em duas cidades do Maranhão: São Luís e Paço do Lumiar.
As investigações, que abrangem o período de 2017 a 2023, têm foco nas gestões de Edivaldo Holanda Júnior, prefeito de São Luís de 2013 a 2020, e de Eduardo Braide, que assumiu a prefeitura da capital de 2021 a 2024. Em Paço do Lumiar, a atual prefeita Paula da Pindoba, do PCdoB, está no centro das atenções das autoridades.
O escândalo veio à tona após uma auditoria interna da CGU detectar indícios de fraude e direcionamento de contratos para um grupo de empresas nas licitações públicas. Além de São Luís e Paço do Lumiar, outras cidades no Estado do Piauí estão sendo investigadas por práticas similares.
Na manhã desta terça-feira, a PF e a CGU realizaram uma operação no Centro Administrativo da gestão luminense, localizado à beira da MA 201 – estrada de Ribamar, que é utilizado pela prefeita Paula da Pindoba como sede da prefeitura, seguindo uma prática iniciada na gestão Dutra/Núbia. Durante a operação, foram apreendidos diversos documentos e computadores, fundamentais para o avanço das investigações.
O foco da Operação Mustache é o combate ao desvio de recursos federais destinados às áreas da Saúde e Educação na gestão de Paula da Pindoba. Uma das irregularidades apuradas envolve a compra fictícia de aparelhos de ar condicionado para escolas em Paço do Lumiar, caracterizada por superfaturamento, tanto por sobrepreço quanto por quantidade, através da emissão de “notas fiscais frias”.
Além disso, foram identificadas várias irregularidades em contratos e aditivos firmados entre as prefeituras e as empresas investigadas, levando ao sequestro de bens e valores dos envolvidos, que somam mais de R$ 10 milhões. Este caso revela mais um episódio de corrupção que desafia as autoridades brasileiras na luta incessante contra a malversação de fundos públicos, ressaltando a importância de uma fiscalização contínua e eficaz nas esferas governamentais.
Por Marcony Edson
