A renúncia de Liz Truss traz um fim constrangedor ao seu mandato catastrófico em Downing Street, que parecia condenado desde que sua principal agenda econômica de colocou os mercados em pânico e levou a uma queda no valor da libra.
Ela ganhou o apoio de membros conservadores ao prometer políticas de baixo imposto e pró-crescimento — ridicularizadas por seus críticos como uma guinada para a economia de gotejamento — mas poucas semanas após chegar ao poder, ela rejeitou os planos em um pivô humilhante, demitindo seu ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng, e abandonando praticamente toda a agenda fiscal na esteira de uma reação do mercado.
Isso ocorreu depois que os investidores rejeitaram um anúncio do governo Truss no final de setembro de que reduziria impostos enquanto aumentava os empréstimos em uma tentativa de produzir um crescimento mais rápido, citando preocupações de que o plano aumentaria a inflação, assim como o Banco da Inglaterra quer trazê-la baixa.
Também surgiram temores sobre a sustentabilidade da dívida pública em um momento de rápida elevação das taxas de juros.
A libra caiu para uma baixa recorde em relação ao dólar americano, enquanto os preços dos títulos caíram, elevando os rendimentos. Isso elevou as taxas de hipoteca muito mais e levou alguns fundos de pensão à beira da inadimplência.
O Banco da Inglaterra foi forçado a anunciar três intervenções separadas para evitar um colapso em grande escala no mercado de títulos do governo do Reino Unido.
Enquanto isso, Truss não conseguiu recuperar o controle de um Partido Conservador cada vez mais amotinado, e sua secretária do Interior, Suella Braverman, lançou um ataque violento à sua liderança após deixar o cargo na quarta-feira (19).
Uma exibição caótica final viu os aliados de Truss serem acusados de maltratar os legisladores para forçá-los a votar contra a proibição do fracking — processo que possibilita a extração de combustíveis líquidos e gasoso do subsolo — na noite de quarta-feira.
Fonte: CNN