A decisão do Ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, restabelecendo os direitos políticos do presidente Lula, oferece à democracia brasileira uma oportunidade de sobrevivência muito importante. Com Lula no jogo, o campo progressista precisa baixar as armas, ter a humildade de refletir sobre a gravidade extrema do momento que a nação atravessa, e ser capaz de ofertar à sociedade um projeto contemporâneo de organização do estado brasileiro.
Não pode mais ser um jogo pequeno do nós contra eles, da fulanização, da repetição da vulgaridade presente no antidebate político, da regência, da especulação rasa das pesquisas quantitativas, das conjunturas, das circunstâncias óbvias. Não há o que ostentar em euforia com a decisão de Fachin, antes disso, refletir sobre o acerto técnico da decisão judicial, na linha do tempo da justiça, na razoabilidade que a letra da lei deve garantir ao Estado, sempre. Na política eleitoral, haja “pano pra manga” Lula X Bolsonaro. O segundo turno das presidenciais de 2022 parece que está escrito nas estrelas. Vamos conferir!
Qual a diferença entre o ato do ministro Fachin e o ato de Waldir Maranhão? Waldir Maranhão, na condição de presidente da Câmara Federal, anula o golpe perpetrado contra a Presidente Dilma e contra a democracia brasileira. Edson Fachin anula o golpe perpetrado contra LULA e contra a democracia brasileira.
Realçadas as similitudes, o que emerge desse pântano de insanidades e crimes contra o Estado Democrático de Direito, é o fato de que Waldir Maranhão não precisou de 4 anos para agir, se tivesse vingado o seu gesto patriótico apoiado pelo supremo, que hora terá, (agora por obra de um dos seus pares) mais uma chance de reparar uma catástrofe criminosa, e a nossa pátria amada não estaria sob a égide de um presidente que desdenha da nossa gente, menoriza a dor da morte e nega a sublimidade da vida.
No vídeo abaixo, confira a previsão que Ciro Gomes fez há 2 anos: