Uma produção norte-americana que traz relatos de ex-executivos de companhias como Facebook, Google, Twitter e YouTube foi lançada na Netflix nessa semana e faz um alerta sobre as redes sociais, sugerindo que usuários deixem de alimentar as empresas com dados privados. O documentário O Dilema das Redes mostra como as plataformas utilizam as informações coletadas para criarem aquilo que chama de “sistema de manipulação e lucro”, mas esta, aparentemente, é uma prevenção que deve levar um bom tempo para ser adotada.
Segundo levantamento realizado pela Kaspersky, 80% dos brasileiros aceitariam expor seus perfis em redes sociais para encontrar amigos de longa data. A maioria também diz não se importar com limitação de privacidade, desde que, em troca, recebesse diversos benefícios. Mais de um terço (37%) estaria satisfeito caso um governo rastreasse atividades nas mídias sociais para manter os cidadãos seguros.
A pandemia da covid-19 acabou centralizando diversas operações, incluindo as de créditos sociais, o que torna a tarefa ainda mais complicada e exige a manutenção de regras que protejam os usuários. “Governos e organizações estão se digitalizando e temos que defender os benefícios que a tecnologia proporciona, porém sem que ela ponha em risco nossa segurança e privacidade“, afirma Claudio Martinelli, diretor geral da Kaspersky para a América Latina
“É necessário ter o devido controle hoje para não perder o controle amanhã – tanto dos consumidores sobre seus dados quanto de empresas/governos sobre os dados de terceiros.”
Vulnerabilidade
O mesmo levantamento realizado pela Kaspersky mostra que programas de créditos sociais, inicialmente utilizados por instituições financeiras e que passaram a ser aplicados em diferentes áreas, estão vulneráveis à manipulação artificial e suscetíveis a diferentes tipos de ataques, capazes de alterar resultados conforme o objetivo.
O desconhecimento é o maior perigo, já que 61% dos consumidores brasileiros não sabem (11%) ou nunca ouviram falar (50%) dos sistemas de social rating. “Por isso, é preciso deixar claro o nível de acesso às informações pessoais e às vidas digitais destes programas e, o mais importante, como eles processarão e protegerão estes dados”, finaliza Martinelli.
Fonte: TecMundo