Jimmy Carter, o 39º presidente dos Estados Unidos e vencedor do Prêmio Nobel da Paz, morreu neste domingo (29) aos 100 anos, em sua casa na cidade de Plains, Geórgia, onde nasceu e viveu grande parte de sua vida. Carter estava sob cuidados paliativos desde fevereiro de 2023, após anos dedicados à sua família e às causas humanitárias.
Em um comunicado emocionado, seu filho Chip Carter destacou o impacto de seu pai no mundo:
“Meu pai foi um herói, não só para mim, mas para todos que acreditam na paz, nos direitos humanos e no amor altruísta. Meus irmãos, minha irmã e eu o compartilhamos com o mundo por meio dessas crenças comuns. O mundo é nossa família pela maneira como ele uniu as pessoas, e agradecemos por honrar sua memória continuando a viver essas crenças compartilhadas.”
Filiado ao Partido Democrata, Carter iniciou sua carreira política como senador estadual e, posteriormente, governador da Geórgia. Sua ascensão à presidência dos Estados Unidos ocorreu em 1976, em um momento de turbulência política no país, marcado pelos efeitos do escândalo de Watergate. Durante seu mandato (1977-1980), destacou-se por iniciativas como os Acordos de Camp David, que promoveram a paz entre Israel e Egito, e sua abordagem em defesa dos direitos humanos no cenário global.
Apesar de seus esforços, Carter enfrentou desafios domésticos e internacionais que dificultaram sua reeleição, culminando em sua derrota para Ronald Reagan em 1980.
Após deixar a Casa Branca, Carter se dedicou ao trabalho humanitário por meio do The Carter Center, fundado em 1982. A organização desempenhou um papel crucial na promoção da democracia, na erradicação de doenças e no monitoramento de eleições ao redor do mundo.
Em 2002, foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz, reconhecendo seu compromisso em buscar soluções pacíficas para conflitos internacionais, defender os direitos humanos e promover o desenvolvimento global.
Jimmy Carter será lembrado como um político e humanitário que transcendeu os desafios de sua presidência para se tornar um dos ex-presidentes mais admirados dos Estados Unidos. Sua vida foi marcada pela simplicidade, pela fé e pelo desejo genuíno de tornar o mundo um lugar melhor.
Ele deixa sua esposa, Rosalynn Carter, com quem esteve casado por mais de 78 anos, quatro filhos e um legado que continuará a inspirar gerações futuras.