Por Heloisa Cristaldo – Repórter da Agência Brasil.
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, fez um sobrevoo pela região do arquipélago baiano de Abrolhos (BA) na manhã deste domingo (3) e acompanhou as operações de monitoramento e limpeza de áreas atingidas pelas manchas de óleo.
Ontem (2), a Marinha informou que pequenos fragmentos de óleo foram encontrados e recolhidos na região de Abrolhos. Segundo a Marinha, os fragmentos foram retirados do mar pelo Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), formado pela Marinha do Brasil (MB), Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Na manhã deste domingo (03), o Ministro da Defesa, Fernando Azevedo, fez um sobrevoo na região do arquipélago baiano de Abrolhos (BA) e acompanhou as operações de monitoramento e limpeza de áreas atingidas pelas manchas de óleo. #JuntosSomosMaisFortes #MarLimpoéVida pic.twitter.com/6EZCInGuSW
— Ministério da Defesa (@DefesaGovBr) November 3, 2019
Desde o início do aparecimento de manchas de óleo nas praias nordestinas, mais de 4 mil toneladas de resíduos já foram retiradas desses locais, segundo levantamento divulgado neste sábado pelo GAA. O descarte desse material é feito pelas secretarias de Meio Ambiente dos estados.
Em nota, o GAA informou também que “foram detectados e removidos pequenos fragmentos de óleo em Ponta da Baleia, em Caravelas e na Ilha de Santa Bárbara, em Abrolhos, por equipes e navios da Marinha, juntamente com o ICMBio [Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade]”.
De acordo com o GAA, estão limpas as praias do Ceará, do Rio Grande do Norte, da Paraíba e de Pernambuco. As localidades que ainda permanecem com vestígios de óleo e com ações de limpeza em andamento são as seguintes: Maragogi, Japaratinga, Barra de São Miguel, Coruripe, Feliz Deserto e Piaçabuçu, em Alagoas; Artista, em Sergipe; Arembepe, Berlinque, Barra Grande, Cueira, Pratigi, Alcobaça, Mar Moreno e Piracanga, na Bahia.
Ainda segundo a nota, foram empregados nos trabalhos de limpeza das praias e observação marítima 15 navios, quatro aeronaves, três drones e mais de 2.350 militares e 85 servidores do Ibama e ICMBio.
Navio grego
Segundo apuração da Polícia Federal, o navio responsável pelo vazamento é proveniente da Grécia. A embarcação grega teria atracado em 15 de julho na Venezuela, onde ficou por três dias antes de seguir para Singapura, via África do Sul.
O marco zero da mancha de óleo foi localizado entre os dias 23 e 24 de outubro. A mancha original tinha 200 quilômetros de extensão e estava a pouco mais de 700 quilômetros da costa brasileira. O mapeamento do local exato onde o vazamento começou foi feito pela empresa Hex Tecnologias Geoespaciais.