Neste sábado (6), o Ministério das Mulheres apresentou um marco na prevenção à violência de gênero com o lançamento de uma cartilha que integra o Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios. O material foi elaborado em parceria com a ONU Mulheres e busca promover a erradicação da violência contra meninas e mulheres por meio de iniciativas intersetoriais. O anúncio coincidiu com o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, data instituída pela Lei nº 11.489/2007.
A cartilha, disponível para download no site do Ministério, é dividida em quatro partes e aborda temas essenciais como os estereótipos de gênero, o empoderamento feminino e o contexto da violência baseada em gênero. O material também detalha os tipos de feminicídio, explicando suas características primárias e secundárias, além de apresentar o histórico das políticas públicas brasileiras de enfrentamento à violência.
A campanha do Laço Branco, que simboliza o engajamento masculino no combate à violência de gênero, é parte dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher. Este ano, a ação destacou a importância de uma mobilização nacional permanente por meio da iniciativa Feminicídio Zero, que conta com o apoio de diferentes setores, incluindo os clubes de futebol.
Estatísticas apontam que os registros de ameaças contra mulheres aumentam em até 23,7% em dias de jogos, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Em resposta, o Ministério firmou um acordo inédito com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), resultando na assinatura da Carta-Compromisso pelo Feminicídio Zero. Entre as medidas está a implementação do protocolo “Não é Não” em arenas esportivas, que busca conscientizar torcedores e reforçar a segurança de mulheres nesses espaços.
A ministra das Mulheres, em pronunciamento, destacou a necessidade de incluir os homens no debate como aliados fundamentais na construção de uma sociedade mais igualitária. “A violência contra a mulher é um problema que afeta toda a sociedade. Para mudarmos esse cenário, precisamos do compromisso ativo de todos, especialmente dos homens”, afirmou.
Com o lançamento do guia e a intensificação do diálogo com setores estratégicos, o Ministério reforça seu compromisso com a construção de políticas públicas mais efetivas para a erradicação da violência de gênero no Brasil.
