Já se passaram quase dois meses desde a grave denúncia sobre a ‘máfia do lixo’, que veio à tona a partir da mensagem nº 05/2019, versando sobre o Projeto de Lei nº55/2019, mas até agora o silêncio “impera” na Secretaria Municipal de Comunicação (Secom). O prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT); a presidente do Comitê de Limpeza- Carolina Estrela; o secretário de Obras, Antônio Araújo; e a secretária de Comunicação, Conceição Castro, sabe-se lá por que, optaram não falar com a imprensa, conseqüentemente, com os cidadãos da maior cidade do Estado.
Desde o início do escândalo, noticiado por vários blogs e emissoras de rádio, Edvaldo se mantém, de forma proposital, longe dos holofotes. A crise administrativa se agravou com o ajuizamento da Ação Popular de nº 0812198-19.2019.8.10.0001 e, ainda, pode piorar, diante da possibilidade de sucessivos pedidos de impeachment à Câmara Municipal de São Luís.
Contudo, toda essa onda de desgaste parece não preocupar a equipe da Secretaria de Comunicação, que segue adotando o chamado “silencio dos mortos”. Diante do comportamento da secretaria Conceição Castro – uma pergunta insiste em não calar: essa postura acovardada, que permite mais e mais o desgaste do pedetista, às vésperas da sucessão municipal, seria uma estratégia de comunicação propriamente dita ou política?
Essa pergunta precisa ser respondida, urgentemente, pelos maiores interessados, ou seja, os “caciques” do PDT, partido que há mais de três décadas controla o Executivo Municipal e, certamente, não está disposto a abrir mão do comando. Nos bastidores ninguém fala abertamente sobre a possibilidade do “término do namoro” entre as duas maiores forças políticas do Estado, o governador Flávio Dino, cacique comunista, e o todo poderoso senador pedetista – Weverton Rocha.
ESTOPIM DA CRISE:
No entanto, a demissão do jornalista Jeisael Marx, na terça feira(07), dos quadros da TV Difusora, onde comandava o jornalístico “Na Hora D” desde 2016, ligou o alerta vermelho. Amplamente noticiado, o comunicador foi informado da decisão logo após encerrar o programa daquele dia, em reunião com o novo diretor da emissora, Estevão Damázio.
Em entrevista, Marx afirmou que, o próprio diretor não fez questão de esconder que o principal motivo para a demissão foi sua pré-candidatura a prefeito de São Luís. “Ele repetiu isso pelo menos três ocasiões durante nossa conversa”, declarou.
Jeisael Marx, que teve um papel importante para desgastar as imagens de Eduardo Braide e Wellington do Curso, ambos adversários de Edvaldo Holanda na eleição de 2016, estava fazendo um trabalho consistente de divulgação do seu projeto eleitoral. A TV Difusora, atualmente, é controlada pelo grupo do senador, que tem outros planos para a eleição de 2020 na capital.
Nos bastidores políticos não é novidade que os dois principais incentivadores do projeto de Jeisael são o secretário Ednaldo Neves e o vereador Marcelo Poeta, ambos filiados ao PCdoB. É oportuno ratificar, diante dos questionamentos acima, se de fato essa estratégia da secretária Conceição Marques, também apontada como uma indicação comunista – seria uma simples estratégia em meio ao fogo cruzado ou algo proposital?
Poderia essa tática, premeditadamente, de não conter os ataques contra o prefeito, o que pode resultar, inclusive, no afastamento, ter como escopo beneficiar, de forma direta, exatamente o vice-prefeito Júlio Pinheiro que, coincidentemente, também defende a foice e o martelo?
Tais questionamentos precisam ser observados e respondidos pelos interessados, pois esse resultado seria, sem sombra de dúvida, uma catástrofe para os pedetistas, haja vista que não mais seria a “estrela principal” no processo eleitoral em 2020. O cajado estaria em poder dos comunistas.
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