A Polícia Civil do Pará está investigando um triplo homicídio ocorrido no Estado do Pará, na sexta-feira (22), dentro de uma residência situada no assentamento Salvador Allende, na zona rural de Baião, no sudeste paraense. Uma das vítimas é o maranhense Claudionor Amaro Costa da Silva, de 42 anos, marido de Dilma Ferreira Silva, 47, líder rural que também foi executada no local.
De acordo com a investigação, as vítimas foram amarradas, amordaçadas e depois esfaqueadas, por motivos ainda apurados pela Polícia Civil. A líder rural Dilma, que atuava no Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), muito conhecido no Brasil inteiro, foi encontrada morta no quarto da casa. Os policiais e peritos criminais detectaram sinais de tortura nela, no marido e também em Hilton Lopes, 38, que trabalhava para o casal.
Os investigadores da Delegacia de Polícia Civil de Tucuruí encontraram a residência praticamente toda revirada. A linha de investigação está seguindo um latrocínio (roubo que resulta em morte) ou crime relacionado às atividades de Dilma como liderança do MAB e do assentamento. O que se sabe é que a área onde o fato aconteceu está sendo alvo de disputas agrárias, o que deixou a Comissão da Pastoral da Terra (CPT) em alerta.
Os policiais civis contaram que o corpo da líder rural estava em cima da cama, enquanto os outros cadáveres estavam na entrada da residência, que funcionava, também, como comércio de mantimentos e bebidas. Testemunhas disseram à polícia que somente se lembram da chegada de seis homens desconhecidos ao local. A esposa do maranhense era muito atuante nos movimentos sociais, sendo que, em 2011, entregou um documento a Dilma Rousseff, então presidente da República Federativa do Brasil.
No documento, ela pedia uma política nacional de direitos para os atingidos por barragens e uma atenção especial às mulheres do referido contexto.
FONTE: Jornal Itaqui-Bacanga.