O Governo do Maranhão está implementando uma série de iniciativas para transformar o estado em um modelo de referência no afroturismo no Brasil. Com foco em valorizar a cultura afrodescendente e as comunidades quilombolas, as ações são baseadas no fortalecimento de polos turísticos como São Luís, Munim e Floresta dos Guarás.
No polo São Luís, a capital maranhense e a histórica cidade de Alcântara lideram os esforços. São Luís destaca-se pelo Quilombo Urbano da Liberdade, que tem atraído visitantes pela riqueza cultural e pela vivência afro-brasileira. Já Alcântara abriga a maior concentração de comunidades quilombolas do país, incluindo Itamatatiua, famosa por suas tradições e relevância histórica.
A secretária de Estado do Turismo, Socorro Araújo, destacou a importância do planejamento em curso:
“Estamos em processo de formatação de roteiros turísticos, garantindo infraestrutura e serviços de qualidade. Nosso trabalho é colaborativo, envolvendo órgãos estaduais, Sebrae e outros parceiros, com foco no enriquecimento das experiências turísticas e na valorização do patrimônio afrodescendente.”
Os polos Munim e Floresta dos Guarás também vêm ganhando atenção especial. Na região do Munim, cidades como Rosário, Itapecuru Mirim e Vargem Grande abrigam quilombos com potencial turístico significativo. Em Rosário, o Quilombo Boa Vista é conhecido pelo grupo Sabor e Arte, que transforma o coco babaçu em produtos diversos, como cosméticos e alimentos. Já em Itapecuru Mirim, a Rota dos Quilombos conecta comunidades como Outeiro dos Nogueiras e Canta Galo, fortalecendo a identidade cultural local.
No polo Floresta dos Guarás, municípios como Guimarães e Mirinzal estão sendo estruturados para receber turistas, com destaque para a hospitalidade e o aprimoramento dos serviços de hospedagem.
Projeto Olojá: Caminhos para o Afroturismo
Uma das principais iniciativas do estado é o projeto Olojá: Caminhos de Desenvolvimento do Afroturismo no Maranhão, liderado pela Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop). O projeto reúne órgãos estaduais, instituições financeiras, como o BNDES, e organizações como Diáspora.black, para implementar ações estratégicas que alavanquem o setor.
A secretária da Sedihpop, Lília Raquel de Negreiros, enfatizou o impacto social da iniciativa:
“O governador Carlos Brandão tem priorizado políticas públicas que promovam o desenvolvimento econômico nos territórios quilombolas e garantam os direitos humanos dessas populações.”
As iniciativas têm como objetivo não apenas atrair turistas, mas também gerar emprego e renda para as comunidades quilombolas, promovendo o desenvolvimento sustentável e o reconhecimento da importância histórica e cultural dessas localidades.
Com a maior quantidade de comunidades quilombolas do Brasil e o segundo maior número de pessoas que se autodeclaram negras, o Maranhão tem o cenário ideal para liderar o afroturismo nacional. O estado reforça seu compromisso em valorizar a cultura afro-maranhense, atrair investimentos e transformar a riqueza cultural em uma oportunidade de crescimento para toda a população.