No episódio deste domingo (27) do programa “Mais Saúde”, transmitido pela TV Assembleia, o urologista Rafael Campos trouxe informações importantes sobre o câncer de próstata, uma das doenças mais comuns entre os homens, especialmente a partir dos 50 anos. Durante a conversa com a jornalista Milena Dutra, Campos abordou métodos de prevenção, diagnóstico e os principais fatores de risco para esse tipo de câncer, reforçando a relevância do acompanhamento médico regular.
Câncer de próstata: sinais e fatores de risco
O especialista explicou que o câncer de próstata é um tumor maligno que afeta a glândula prostática, localizada abaixo da bexiga, exclusivamente nos homens. A doença se desenvolve de maneira lenta e, na maioria das vezes, é silenciosa em seus estágios iniciais.
“Os primeiros sinais podem passar despercebidos, mas à medida que o tumor avança, os sintomas incluem dificuldade para urinar, dor durante a micção ou ejaculação, e, em casos mais graves, dor óssea e perda de peso inexplicável”, esclareceu Rafael Campos.
O médico destacou que a idade avançada, histórico familiar e maus hábitos de vida, como sedentarismo e consumo excessivo de álcool, são fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de desenvolver a doença. Ele também citou a influência de mutações genéticas no crescimento descontrolado das células da próstata.
Prevenção e diagnóstico
Segundo o urologista, a melhor forma de prevenção é adotar um estilo de vida saudável. “Manter uma dieta rica em frutas e vegetais, evitar o tabagismo e a ingestão excessiva de álcool, além de praticar atividades físicas, pode reduzir significativamente o risco de câncer de próstata”, orientou.
Em relação ao diagnóstico, Campos destacou a importância dos exames de rotina. “O toque retal é essencial para identificar a presença de nódulos na próstata, enquanto o exame de PSA no sangue permite detectar alterações que podem indicar a possibilidade de câncer. Caso haja suspeita, a biópsia é o próximo passo para confirmar o diagnóstico”, detalhou.
O tratamento varia de acordo com o estágio da doença. Tumores pequenos e de crescimento lento podem ser acompanhados por meio de vigilância ativa, enquanto casos mais avançados podem exigir cirurgia, radioterapia ou tratamentos hormonais.
“Quando o câncer é detectado precocemente, as chances de cura são bastante elevadas. Por isso, é crucial que homens a partir dos 50 anos, ou dos 45, caso possuam histórico familiar, façam exames de rotina com um urologista”, aconselhou o médico, reforçando a importância do acompanhamento regular como principal forma de prevenção.