Neste sábado (21), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a Nova York, nos Estados Unidos, para participar da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU). O discurso de abertura de Lula está marcado para a próxima terça-feira (24), e abordará questões centrais como o combate à fome e a crise climática. Por tradição, o Brasil é o primeiro país a discursar desde a 10ª sessão da Assembleia, realizada em 1955.
Segundo o Itamaraty, a fala do presidente deve seguir a linha dos temas priorizados pelo Brasil durante a última cúpula do G20, ocorrida em setembro. Inclusão social, transição energética, combate à fome e a reforma da governança global serão pontos-chave da fala de Lula, de acordo com o embaixador Carlos Márcio Cozendey, secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Ministério das Relações Exteriores.
A Assembleia Geral da ONU é um dos principais espaços de deliberação internacional, reunindo representantes dos 193 estados-membros, todos com direito a um voto. Este ano, a AGNU será presidida por Philémon Yang, embaixador de Camarões, e sua gestão se estenderá até setembro de 2025. O evento representa uma oportunidade para que o Brasil destaque suas prioridades tanto no cenário interno quanto em sua atuação diplomática global.
Lula também utilizará sua participação na Assembleia para fortalecer alianças internacionais e abrir diálogos com outros líderes mundiais, num momento em que o mundo enfrenta múltiplas crises, como as mudanças climáticas, a insegurança alimentar e as disparidades socioeconômicas.
Cúpula do Futuro e o “Pacto para o Futuro”
Antes da abertura oficial da AGNU, Lula participará da Cúpula do Futuro, marcada para este domingo (22). Ele será o segundo a discursar no evento, que reunirá líderes globais para discutir soluções frente às crises emergentes de segurança e para acelerar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
A Cúpula do Futuro terá como um dos resultados a criação do documento “Pacto para o Futuro”, que será negociado entre os estados-membros da ONU. Este pacto visa reforçar a cooperação multilateral e alinhar compromissos para enfrentar os desafios contemporâneos, com o objetivo de construir um futuro mais resiliente e sustentável.
A participação do presidente brasileiro na Assembleia reflete o papel crescente que o Brasil busca desempenhar no cenário internacional, especialmente em questões de relevância global, como a mudança climática e a erradicação da fome. Com a abertura do Debate Geral da AGNU, o Brasil reafirma sua liderança e compromisso em temas que afetam diretamente as nações mais vulneráveis do mundo, enquanto defende reformas para uma governança global mais inclusiva e eficiente.