Em uma reunião decisiva, representantes de sete das dez escolas de samba da cidade se reuniram para definir as datas dos desfiles de passarela. A maioria votou a favor da realização nos dias 14 e 15, enquanto duas escolas foram contrárias à decisão.
As agremiações que aprovaram os desfiles nestas datas foram Marambaia, Quinto, Unidos de Fátima, Mocidade da Ilha e Túnel do Sacavém. Já Mangueira e Império Serrano se posicionaram contra.
Apesar da decisão, a maior preocupação das escolas não está apenas no calendário, mas na falta de recursos para viabilizar o espetáculo. O ofício formalizando a votação foi encaminhado à Secretaria de Cultura (SECULT), que ainda não deu previsão para o pagamento da primeira parcela do repasse às escolas.
Com menos de um mês para o Carnaval, a produção dos desfiles está comprometida. As escolas relatam que ainda não têm material suficiente e que o tempo está cada vez mais curto. Além disso, com a proximidade da folia, a logística se torna ainda mais difícil, já que a partir do sábado de Carnaval grande parte da mão de obra estará envolvida nos blocos de rua, e o comércio fechado limita o acesso a insumos.
A dúvida que paira sobre a comunidade carnavalesca agora é: como colocar mais de 1.500 componentes na avenida em tão pouco tempo e sem recursos garantidos? O cenário de incerteza ameaça o brilho do Carnaval e deixa no ar o questionamento sobre a capacidade da cidade de realizar uma festa à altura da tradição.