A gestão do Hospital Nina Rodrigues, em São Luís (MA), está no centro de uma grave crise administrativa, marcada por denúncias de assédio moral, perseguição a servidores e negligência na infraestrutura da unidade. No comando do hospital há cerca de dois anos, a diretora Kamylla do Socorro Sousa Moreira Lima é acusada de promover um ambiente de trabalho opressor, além de supostamente utilizar sua posição de influência para fins políticos.
De acordo com relatos de servidores, a administração atual tem adotado uma política de represálias contra funcionários que criticam a gestão ou mencionam o nome da diretora. O medo de demissões arbitrárias e a instabilidade profissional têm gerado insegurança entre os trabalhadores, muitos dos quais possuem décadas de dedicação ao hospital.
Infraestrutura precária e falta de recursos
Além dos problemas internos, a precarização da estrutura hospitalar tem comprometido o atendimento à população. Segundo denúncias, o mato tomou conta da área externa, leitos estão quebrados e a escassez de medicamentos essenciais dificulta o tratamento de pacientes. A nomeação de aliados pessoais para cargos estratégicos, sem a devida qualificação técnica, também tem sido apontada como um fator que agrava a crise da unidade.
A situação exige uma resposta imediata do poder público. O Hospital Nina Rodrigues, referência no atendimento psiquiátrico no Maranhão, não pode continuar em estado de abandono.
Cobrança por investigação e providências
Diante das denúncias, servidores e pacientes esperam uma postura firme do Ministério Público e de órgãos fiscalizadores para investigar as acusações e garantir a retomada da qualidade nos serviços prestados. O governo estadual, por sua vez, precisa agir para restaurar a credibilidade da gestão hospitalar e assegurar condições dignas de trabalho aos profissionais da saúde.
A população maranhense não pode ser penalizada pelo descaso. O Hospital Nina Rodrigues precisa voltar a cumprir sua função essencial: oferecer atendimento de qualidade e respeito aos direitos dos servidores e pacientes.