O governador do Maranhão, Carlos Brandão, participou nesta sexta-feira (23) da cerimônia de encerramento da 15ª Reunião Anual da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF Task Force), evento de alcance global realizado em Rio Branco, no Acre. A conferência reuniu representantes de 43 estados e províncias de 11 países, responsáveis por mais de um terço das florestas tropicais do planeta.
Sob o tema “Construindo a Nova Economia Florestal: Conectando Governos, Povos e Oportunidades”, o encontro destacou a importância da cooperação internacional para a preservação das florestas tropicais, a recuperação de áreas degradadas e a criação de oportunidades econômicas sustentáveis para comunidades tradicionais e povos originários.
Durante sua participação no painel “Perspectivas dos governadores: Amazônia Brasileira e Boliviana”, Brandão compartilhou as ações ambientais em curso no Maranhão e ressaltou a importância de políticas públicas inclusivas e eficazes para garantir o desenvolvimento sustentável.
> “Apresentamos o que estamos fazendo no Maranhão e o quanto ainda podemos avançar na preservação da floresta e no fortalecimento das comunidades originárias e tradicionais. É essencial criar uma economia que respeite o meio ambiente e gere renda para quem vive nas florestas”, afirmou o governador.
O evento também contou com a presença da ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, e de Tereza Campello, diretora de Sustentabilidade do BNDES, além de lideranças indígenas, cientistas e representantes do setor privado.
Presença maranhense e REDD+
O Maranhão também foi representado por Pedro Chagas, secretário de Meio Ambiente do estado e presidente do Fórum de Secretários da Amazônia Legal, e por Cassiano Pereira, presidente da Maranhão Parcerias (Mapa). Ambos defenderam o protagonismo maranhense na política de créditos de carbono, por meio da estratégia nacional do REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal).
> “Estamos levando ao mundo a nossa experiência de gestão ambiental. É uma oportunidade de atrair investimentos e melhorar ainda mais nossas políticas sustentáveis”, destacou Chagas.
Segundo Cassiano Pereira, o evento foi essencial para discutir formas de mensuração e aplicação dos créditos de carbono, com vistas a potencializar os recursos destinados a comunidades indígenas, quilombolas e ações de preservação.
Rumo à COP30
A reunião em Rio Branco também foi considerada preparatória para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que acontecerá em novembro, em Belém (PA). Brandão enfatizou a relevância do evento internacional:
> “Estamos construindo uma proposta robusta para a COP30. Preservar a floresta e gerar renda é o caminho para um futuro sustentável. Será um marco histórico para a política ambiental global”, concluiu.
A participação maranhense no GCF Task Force reafirma o compromisso do estado com o desenvolvimento sustentável, o fortalecimento das comunidades tradicionais e a luta global contra as mudanças climáticas.
