Uma equipe internacional formada por paleontólogos chineses e britânicos descobriram evidências de uma linhagem de hominídeos até então desconhecida que data de 300 mil anos atrás.
A descoberta foi recentemente publicada na revista Journal of Human Evolution e foi feita por pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências, da Universidade de Xi’an Jiaotong, da Universidade de York, da Academia Chinesa de Ciências da Universidade e do Centro Nacional de Pesquisa em Evolução Humana.
No estudo, os paleontólogos analisaram um maxilar fossilizado, parte do crânio e alguns ossos da perna encontrados em Hualongdong, na China. A avaliação morfológica e geométrica inicial da mandíbula, revelou que ela apresentava características nunca observadas.
De qual espécie é o indivíduo?
Os pesquisadores sugeriram que essas características se assemelham tanto aos humanos modernos, quanto aos hominídeos do Pleistoceno Superior, mas por não possuírem queixo, provavelmente pertenciam a espécies mais antigas. Foram encontradas outras características que sugerem que o indivíduo se assemelhava a um Homo Erectus do Pleistoceno Médio.
Esse maxilar foi o primeiro onde essa combinação de características pode ser observada no leste da Ásia, sugerindo que elas começaram a aparecer pelos humanos de lá, há 300 mil anos. Ao analisar o crânio que o foi o primeiro do Pleistoceno Médio encontrado no sudeste da China, percebeu-se que os ossos do rosto eram mais parecidos com os humanos modernos, do que o maxilar.
Tentando descobrir a qual espécie de hominídeo o indivíduo pertencia, acabou-se por descartar os denisovanos, abrindo a possibilidade para que ele representasse uma terceira linhagem, mais próxima do Homo sapiens e diferente do Homo erectus ou denisovano. Caso isso se confirme, a espécie poderia ter compartilhado relações evolutivas, e consequente características, com humanos do Pleistoceno Médio ou Superior.