Depois que o governador do Maranhão, Flávio Dino, ingressou no Supremo Tribunal Federal para pedir que a Anvisa se posicionasse sobre a vacina russa Sputnik V, pedido atendido pelo ministro Ricardo Lewandowski que deu o prazo até o fim de abril para esse posicionamento, a Anvisa afirmou não possuir dados suficientes para atestar a segurança e eficácia da vacina.
Além disso, a Anvisa pediu ao STF um prazo maior para se posicionar, já que alega não ter tido acesso para realizar a análise da Sputnik V e, por esse motivo, não autorizou a utilização da vacina no Brasil, inclusive no Maranhão, como deseja o governador Flávio Dino.
Só que apesar desse posicionamento da Anvisa, o governador maranhense, nas redes sociais, demonstrou que vai insistir no imunizante russo. Dino alega que a Sputnik já está sendo aplicada em outros países.
“Governo Federal quer ainda mais prazo para analisar a vacina Sputnik, largamente empregada em vários países, inclusive a vizinha Argentina. A Lei 14124/2021 ampara a importação pelos estados da Amazônia e do Nordeste. Não cabe ao governo federal sabotar a Lei, e sim cumpri-la”, afirmou.
Flávio Dino ainda insinua que o Governo Bolsonaro protela propositadamente a autorização para a utilização da vacina russa, mesmo o Governo Federal também tendo um contrato de pré-compra, semelhante ao do Governo do Maranhão.
“O curioso é que, enquanto protela a vacina Sputnik, o próprio governo federal diz querer adquiri-la. Comitiva técnica já foi à Rússia. Documentos previstos na Lei 14124 e na Resolução 476 já foram apresentados. E basta examinar as informações técnicas da Argentina”, finalizou.
Agora é aguardar e conferir, primeiramente o posicionamento do STF diante do pedido da Anvisa e do Governo Flávio Dino, se, mesmo sem o aval da Anvisa, vai mesmo comprar e aplicar a vacina Sputnik V.
Por Jorge Aragão