O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello foi preso na madrugada desta sexta-feira (25), em Maceió, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o início imediato do cumprimento de sua pena. Collor foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
De acordo com nota divulgada por sua defesa, a prisão ocorreu por volta das 4h da manhã, enquanto o ex-presidente se deslocava para Brasília com a intenção de se apresentar espontaneamente à Justiça. No entanto, com a ordem de prisão já expedida, ele foi detido e levado à Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana, onde permanece custodiado.
A condenação havia sido confirmada anteriormente, mas a defesa ainda tentava recorrer. Ontem (24), Alexandre de Moraes considerou os recursos apresentados como “meramente protelatórios” e determinou a execução imediata da pena.
O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, agendou uma sessão extraordinária em plenário virtual para esta sexta-feira, das 11h às 23h59, na qual os demais ministros analisarão a decisão individual de Moraes. Enquanto isso, a ordem de prisão segue em vigor.
Collor foi o primeiro presidente eleito por voto direto após o regime militar e renunciou ao cargo em 1992, em meio a um processo de impeachment. Desde então, manteve-se ativo na política, com mandatos no Senado Federal.
A prisão do ex-presidente marca um novo capítulo na história política brasileira, reforçando a atuação do Supremo Tribunal Federal no combate à corrupção.