Pelo visto, alguns gestores, principalmente os governadores brasileiros, que já estavam no cargo desde 2019, não podem reclamar de 2020, no que diz respeito a questão financeira.
De acordo com levantamento do Banco Central e Tesouro Nacional, divulgados pelo Portal G1, mesmo com a pandemia, estados e municípios fecharam 2020 com quase o dobro de dinheiro em caixa em relação ao ano anterior.
O saldo de estados e municípios passou de R$ 42,7 bilhões em 2019 para R$ 82,8 bilhões, no fim do ano passado, uma alta de 94%. Trata-se da maior disponibilidade de caixa para prefeitos e governadores em ao menos 19 anos.
Ao todo, estados e municípios receberam R$ 60 bilhões em quatro parcelas, pagas entre junho e setembro, segundo os dados do Tesouro e do BC. Como contrapartida, os entes da federação ficaram proibidos de conceder reajustes salariais aos servidores até o fim de 2021.
Essas transferências foram o segundo maior gasto do governo federal no combate à Covid-19. Só ficaram atrás do auxílio emergencial, que custou R$ 293 bilhões e beneficiou quase 68 milhões de pessoas.
Além dos repasses, estados e municípios tiveram, ao longo de 2020, a suspensão do pagamento das dívidas com a União, também no valor de R$ 65 bilhões. Ou seja, no total, o pacote de ajuda se aproximou dos R$ 125 bilhões.
Ou seja, tem muitos governadores que estão igual gato, mamando e miando (leia-se: reclamando e cobrando do Governo Federal).
Por Jorge Aragão