A capital maranhense está prestes a dar um grande salto na formação de profissionais de saúde com a abertura de três novas faculdades de Medicina: Anhanguera, Idea e UniNassau. Essas instituições somam-se às já existentes, como UniCeuma, UNDB, Edufor, além das públicas UFMA e UEMA. A previsão é que, a partir de dezembro de 2030, 759 médicos sejam formados anualmente em São Luís, um número significativo para enfrentar o déficit de médicos no estado.
Entre as novas instituições, a UniNassau oferecerá 100 vagas por ano com uma mensalidade de R$10.490,00, valor próximo ao cobrado pela Edufor, que oferece 64 vagas a R$10.460,00 mensais. Já a Idea Medicina, que disponibilizará 120 vagas anuais, terá uma mensalidade de R$12.000,00, com desconto de 5% para pagamentos pontuais, se equiparando aos valores praticados pela UNDB e UniCeuma, duas das faculdades mais tradicionais da cidade. O UniCeuma, por sua vez, segue como a faculdade com a mensalidade mais alta, custando R$12.447,00.
Apesar das novas opções, a Anhanguera não divulgou publicamente o valor de sua mensalidade, disponibilizando essa informação apenas por meio de contato telefônico.
Para os alunos que não podem arcar com os custos de uma faculdade particular, as opções públicas seguem firmes com a UFMA e a UEMA. Juntas, essas instituições oferecem 135 vagas gratuitas anualmente, sendo 100 na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e 35 na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).
Embora o número de formandos esteja em expansão, o Maranhão ainda enfrenta um sério desafio no campo da saúde. O estado possui o menor índice de médicos por habitante do Brasil, com apenas 1,25 médicos para cada mil pessoas, bem abaixo da média nacional, que é de 2,81 médicos por mil habitantes. De acordo com dados do Conselho Regional de Medicina (CRM), o estado conta com 8.547 médicos ativos, sendo que mais da metade deles (5.045) não possui Registro de Qualificação de Especialidade (RQE), o que significa que são médicos generalistas. Apenas 3.502 são especialistas.
Com a entrada de 759 novos médicos por ano a partir de 2030, espera-se que o déficit de profissionais no Maranhão seja gradualmente reduzido. No entanto, a formação desses novos médicos deverá ser acompanhada de políticas que garantam a fixação desses profissionais nas áreas mais carentes do estado, especialmente nas regiões do interior, onde a ausência de médicos é ainda mais crítica.
Com a crescente oferta de vagas e o fortalecimento da rede de ensino de Medicina, São Luís se consolida como um polo regional de formação de médicos, contribuindo diretamente para melhorar os índices de saúde pública do estado e da região Nordeste.