Nesta quarta-feira (9), a Academia Maranhense de Letras (AML) em São Luís foi palco de um encontro entre literatura, história e política. O ex-presidente José Sarney, em homenagem ao bicentenário do icônico poeta Gonçalves Dias, proferiu uma palestra rememorando sua jornada como escritor e a importância da literatura e da educação.
Em um diálogo construtivo e inspirador com os estudantes do Centro Educa Mais Professora Margarida Pires Leal, Sarney, que também é membro da prestigiosa Academia Brasileira de Letras, enfatizou: “O caminho para ascender na vida é o da educação. Tudo que eu consegui na vida foi através do estudo. Quero que todos tenham êxito. A educação nos proporciona dominar conhecimentos. Eu sou até hoje um estudante. Leiam, leiam sobre tudo.”
O poeta Gonçalves Dias, autor de renomadas obras como “Canção do Exílio”, foi elevado por Sarney ao patamar dos poetas mais importantes, figurando ao lado de Camões e Fernando Pessoa.
Mais tarde, na mesma noite, José Sarney e o professor e escritor Antônio Carlos Secchin, também da Academia Brasileira de Letras, se reuniriam em celebração aos 200 anos de Gonçalves Dias.
A efervescência cultural não para por aí. Para honrar o bicentenário de um dos mais proeminentes literatos brasileiros, nesta quinta-feira (10), será inaugurada a exposição “200 anos de Gonçalves Dias” no Arquivo Público do Estado do Maranhão (APEM), localizado na Rua de Nazaré, no Centro Histórico de São Luís. Esta mostra, que se estenderá até 31 de agosto, exibirá documentos valiosos relativos à vida e obra do poeta. Os visitantes poderão mergulhar em correspondências de autoridades da época, detalhes sobre o trágico naufrágio que levou a vida do poeta, as buscas pelos seus restos mortais, entre outras curiosidades. Em destaque, cerca de 20 livros e documentos a partir de 1864, ano que marcou a morte prematura de Gonçalves Dias.
O legado do poeta permanece vivo e sua influência ressoa nas gerações, e eventos como este reforçam a importância da preservação e celebração de nossa rica herança literária.
Por Marcony Edson