Estudantes e professores do curso de química da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) em São Luís, voltaram à universidade, que prorrogou a suspensão das aulas por mais 30 dias, para produzir álcool em gel que será doado para hospitais e instituições filantrópicas do estado, por conta do novo coronavírus.
A produção está sendo realizada no Laboratório de Tratamento de Resíduos Químicos, localizado no Campus Bacanga, na capital maranhense. A meta é produzir 200 litros do álcool glicerinado, que é composto por uma fórmula que contém álcool 70% e glicerina, um produto de higienização a seco da pele. Após a finalização do produto, ele passa por um teste de qualidade.
O material será destinado ao Hospital Universitário Presidente Dutra, na capital maranhense, que está recebendo pacientes com Covid-19 e para instituições filantrópicas. A inciativa surgiu por conta da falta do produto no mercado, causado principalmente, pela pandemia do novo coronavírus.
“A gente se sentiu na responsabilidade, mais uma vez, quando a sociedade precisa e nós estamos aqui aptos a colaborar. Quero registrar, especialmente, a colaboração dos alunos que como a universidade não está em funcionamento, eles poderiam estar fazendo milhões de outras coisas, mas estão aqui, dando seu retorno para sociedade. Eles estão preocupados com o que pode acontecer e estão contribuindo na linha de frente. Este é o perfil médio dos nossos alunos”, disse Ulisses Magalhães, professor.
Cerca de 40 alunos foram selecionados para atuar como voluntários e estão se revezando no laboratório para conseguir entregar o material a tempo. Para o estudante Anderson Ricardo Pinheiro, além de exercitar os conhecimentos adquiridos na sala de aula, a iniciativa é um exercício de colaboração e amor ao próximo.
“É de extrema importância e também muito gratificante. Eu estou no último período da graduação e vi tudo virar de cabeça para baixo. Mas aí veio esse lado de ajudar ao próximo, de contribuir tanto com a minha formação acadêmica quanto como ser humano, sendo solidário, ajudando e trabalhando, servindo ao próximo”, disse Anderson.
Ficar em casa
Ficar em casa é importante porque, segundo as autoridades de saúde, é a única maneira mais eficaz no momento para frear o aumento repentino no número de casos, o que poderia causar um colapso no sistema de saúde pela falta de leitos e de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
Um colapso causaria a diminuição drástica da capacidade do sistema de saúde em cuidar dos pacientes, o que aumenta a chance de óbitos por Covid-19 e também por outras doenças.
Cuidados
Para evitar a proliferação do vírus, o Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de higiene, como lavar as mãos com água e sabão, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo. Evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas.
(G1 Maranhão)