Para o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Maranhão (Hemomar) o início do ano é sempre um período em que se aumenta a demanda nos hospitais por bolsas de sangue, por conta de acidentes nas estradas que estão mais movimentadas, acidentes domésticos, entre outros.
É também nos meses de dezembro e janeiro que as doações no Hemomar caem drasticamente, levando o estoque a níveis críticos. O órgão está sensibilizando doadores para tentar reforçar o estoque de bolsas de sangue na unidade.
“Trabalhamos diariamente para atrair e conscientizar a população de que as doações recorrentes ajudam a manter os nossos estoques de bolsas de sangue em níveis adequados. São essas doações que nos possibilitam atender todas as demandas de transfusão de sangue aqui do Hemomar e também nos hospitais. É necessário que as pessoas entendam que o sangue é algo que a gente não compra, não é igual a medicamento, o sangue é algo que só conseguimos por meio da doação”, ressaltou Clícia Galvão, diretora do Hemomar.
O publicitário Vicente de Paulo Martins Sousa compreende bem essa importância. Ele já doa sangue regularmente há mais de 30 anos.
“Eu soube que uma bolsa nossa pode salvar até quatro vidas. É importante que as pessoas tenham empatia pelo outro e vejam que qualquer um de nós um dia pode precisar. Então meu pedido é: venham doar, façam sua doação voluntária, se preocupem com a sua vida e dos outros, é muito importante estar sempre pensando no próximo”, convocou.
Atualmente, o estoque de bolsas de sangue do Hemomar encontra-se em situação crítica, com 42 bolsas de sangue O+, 24 bolsas de sangue B+, 11 bolsas de sangue A+ e apenas três bolsas de sangue AB+.
Em pior situação estão os sangues do tipo negativo: são apenas três bolsas de O-, duas bolsas de sangue A- e B-, e apenas uma bolsa de sangue AB-. A situação é ainda pior no estoque de plaquetas, para todos os tipos sanguíneos, que se encontra zerado.
“Eu aconselho a quem puder vir que venha. Doar sangue é salvar vidas. O ato mais importante que existe é a pessoa ajudar o próximo, se eu pudesse sair daqui e doar de novo eu faria, mas não dá, tenho que esperar os dois meses. Quando não tenho para quem doar eu venho e faço a doação voluntária, o importante é ajudar”, ressaltou o montador Wagner da Conceição Garcia Araújo, que já doa sangue há mais de 10 anos.
Para doar sangue é preciso estar em boas condições de saúde, ter entre 16 e 69 anos, pesar no mínimo 50kg e estar descansado, entre outros critérios avaliados em triagem, a qual o doador é submetido antes da doação.
Fonte: O Imparcial