O Partido Comunista do Brasil – PCdoB, (partido que elegeu o desgovernador Flávio Dino) e a sua juventude partidária União da Juventude Socialista – UJS, criaram um repentino fetiche pela greve dos rodoviários que começou no último dia 15, isso porque, se observarmos os últimos 10 anos, o PCdoB e a UJS nunca se mobilizaram em prol da greve dos rodoviários em São Luís.
Porém, estranhamente durante essa greve, os comunistas começaram a estar presentes nas atividades do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário do Maranhão – STTREMA, inclusive participando da sessão da Câmara Municipal de São Luís – CMSL na última segunda (21), em que os rodoviários conseguiram que a Lei n.º 6.801/2020 de autoria do vereador Umbelino Júnior, a qual proíbe motoristas de acumularem a função de cobrador no transporte coletivo da capital maranhense, fosse promulgada. Eles também participaram de outras manifestações ao longo da semana.
Mas com qual finalidade os militantes dinistas tinham em apoiar essa greve? Antes de tudo é importante enfatizar que a greve é coerente e apoiá-la é uma atitude honrosa, porém quando vamos mais fundo no cerne da questão, o posicionamento dos palacianos é frágil.
As intenções deles não eram para assegurar que os direitos dos rodoviários fossem garantidos, e sim em desestabilizar a gestão do executivo municipal. O prefeito Eduardo Braide – Podemos é o primeiro em décadas a não conceder reajuste da tarifa do transporte público por conta de pressões dos donos de empresas de ônibus, ao contrário, conseguiu estabilizar a situação, garantido um pacote de auxílio às empresas atrelado ao Cartão Cidadão, para garantir passagem de ônibus gratuita a quem ficou desempregado e está buscando sua volta ao mercado de trabalho. Com isso o trabalhador poderá se deslocar pela cidade para entregar currículos e ir para uma entrevista de emprego com sua passagem paga pela Prefeitura.
Incentivando a continuidade da greve pela greve, os comunistas estavam forçando os empresários a voltarem a pedir o aumento da passagem, e em reunião na manhã de hoje (25) entre o Sindicato dos Rodoviários e das Empresas de Transporte na sede do Ministério Público do Trabalho – MPT, infelizmente foi decido pelo o aumento da passagem do Sistema Integrado de Transporte – SIT para R$ 3,90 e das linhas não integradas para R$ 3,40.
Reiteramos que a greve dos rodoviários foi legítima e eles merecem que seus salários atrasados sejam pagos e que o reajuste seja concedido. Mas a população não pode pagar pela péssima gestão dos empresários que lucram faraonicamente e não pagam seus colaboradores de forma regular, e vem tirando seus benefícios como ticket de alimentação e plano de saúde.
Em contrapartida o Tribunal de Contas do Estado – TCE precisa intensificar a fiscalização dessas empresas, pois está mais do que nítido as diversas irregularidades e falhas de execução do contrato da licitação, para que o órgão de fiscalização exija que sejam cumpridos em sua totalidade conforme determina a legislação, caso contrário, estarão sujeitas às sanções previstas na legislação, entre elas a declaração de inidoneidade, o que impede que elas possam celebrar outros contratos com a administração pública. A declaração de inidoneidade, a qual é a pena mais grave que pode ser aplicada a uma empresa no âmbito dos tribunais de contas, é extensiva aos proprietários e sócios das empresas.
O ludovicense precisa ficar atento a partidos oportunistas ligados a Flávio Dino que tem tentado boicotar a governabilidade de Eduardo Braide. Dino e seus aliados tem que se conformar que eles perderam a eleição municipal em São Luís de forma democrática, e o governador deveria ter um comportamento diplomático, e tentar ajudar a solucionar essa demanda na capital, mas prefere se afundar ainda mais nesse poço de podridão, que inevitavelmente o distância cada vez mais das chances de ser eleito à câmara senatorial esse ano.
Comments 1