Na terça-feira, a moeda norte-americana subiu 0,56% e foi vendida a R$ 4,5109
O dólar volta a operar em alta nesta quarta-feira (4), batendo pela primeira vez R$ 4,54, de olho na divulgação dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que registrou alta de 1,1% em 2019, e com os investidores atentos aos próximos passos do Banco Central do Brasil após corte de juros surpresa pelo Federal Reserve.
Às 13h19, a moeda norte-americana era negociada a R$ 4,5467, em alta de 0,79%. Na máxima do dia até o momento, chegou a R$ 4,5492 (novo recorde nominal intradia), e na mínima, a R$ 4,5035. Veja mais cotações.
Já o dólar turismo era negociado a R$ 4,7495, sem considerar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Na terça-feira, o dólar subiu pela décima sessão seguida, e fechou a R$ 4,5109, renovando o patamar recorde de fechamento nominal (sem considerar a inflação), reagindo a medidas contra os efeitos do coronavírus na economia global. Na semana, a moeda acumula alta de 0,67%. No ano, já subiu 12,50%.
No mesmo dia, de forma extraordinária, o BC dos Estados Unidos cortou em 0,5 ponto percentual a taxa de juros do país, estabelecida entre 1% e 1,25%, em resposta aos possíveis impactos do coronavírus na economia do país.
Miriam Leitão: PIB de 2019 foi decepcionante e, em 2020, previsões já pioraram
Os recentes cortes da Selic a mínimas históricas reduziram a diferença entre as taxas pagas pelos títulos brasileiros e os papéis norte-americanos –considerados os mais seguros do mundo. Assim, o investidor estrangeiro tem tido menos estímulo para aplicar na renda fixa local, o que prejudica o fluxo cambial e recentemente colaborou para a alta do dólar a sucessivas máximas recordes, destaca a Reuters.
Segundo Jefferson Laatus, sócio fundador do grupo Laatus, comentários da presidente do Fed de Cleveland nesta quarta-feira, sugerindo a possibilidade de ainda mais cortes de juros, animavam alguns agentes do mercado.
“O PIB brasileiro não decepcionou tanto, mas também não animou; não tirou muita pressão do dólar, e o mercado segue em espera”, disse Laatus à Reuters.
Por G1