O professor Guilhermo Alfredo Johnson, doutor em Sociologia Política, abordou a importância do Dia Internacional da Organização das Nações Unidas (ONU) em entrevista ao programa ‘Diário da Manhã’, da Rádio Assembleia (96,9 FM), nesta segunda-feira (18), com apresentação do jornalista Ronald Segundo.
Ele lembrou que a ONU foi criada em 24 de outubro de 1945, chegando a 78 anos de existência, em substituição à antiga Liga das Nações, extinta em razão da emergência da Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de mediar conflitos.
“Após o término da Segunda Guerra Mundial, a entidade teria o papel de manter a paz, a segurança em todo o mundo, mediar e promover relações amistosas entre as nações, promover cooperações na resolução de problemas internacionais e ser o centro responsável por reunir as nações em prol desses objetivos, mas não tem conseguido totalmente esses objetivos”, explicou.
De acordo com o especialista, a ONU é composta por 193 países, configurando-se como uma das maiores organizações internacionais do mundo em número de países-membros, com 51 fundadores, ou seja, aquelas nações que assinaram a Carta das Nações Unidas em 1945, o que inclui o Brasil e a estrutura é formada pela Assembleia Geral, Conselho de Segurança, Conselho Econômico e Social, Conselho de Tutela e Corte Internacional de Justiça e o Secretariado Geral.
Ele explicou, ainda, que a Assembleia Geral é a instância decisória formada por todos os países-membros, de caráter deliberativo, cujas decisões devem ser aprovadas pela maioria absoluta dos votos, mas os membros fundadores podem vetar, criando impasses como é o caso das guerras da Rússia contra a Ucrânia e de Israel contra o Hamas, por conta da falta de diálogo entre as partes envolvidas.
“Os cinco países efetivos são Rússia, Estados Unidos, China, Reino Unido e França. Muitas das vezes, esses membros não refletem mais a correlação de forças atuais. O Conselho de Segurança (CS) é o órgão relacionado às resoluções a respeito da segurança internacional, cujas deliberações deveriam ser de cumprimento obrigatório, mas termina não sendo por direito a veto de um desses membros efetivos”, lamentou.
(Agência Assembleia)