O Maranhão enfrenta uma preocupante escalada nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em 2025. De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), já são 1.303 casos confirmados e 89 mortes registradas até o momento. O cenário alarmante tem pressionado o sistema de saúde e levado o governo estadual a adotar medidas emergenciais.
Uma das principais ações é a instalação de um Hospital de Campanha no estacionamento do Multicenter Sebrae, no bairro Cohafuma, em São Luís. A unidade, que deve começar a funcionar no próximo sábado (31), será dedicada ao atendimento de pacientes com sintomas leves de síndromes gripais, com o objetivo de desafogar os hospitais da rede regular.
“A estrutura temporária foi pensada para acolher, com dignidade e eficiência, a população que apresenta sinais gripais, especialmente idosos e adultos, evitando que os quadros se agravem e resultem em internações”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes.
Com 20 poltronas para medicação e 10 leitos de observação, o Hospital de Campanha funcionará todos os dias da semana, das 7h à meia-noite, por demanda espontânea. A triagem inicial será feita por uma equipe de enfermagem, seguida de atendimento clínico. Casos com sinais de agravamento, como dificuldade respiratória, terão suporte imediato com oxigênio e aspiradores portáteis. Quando necessário, o paciente será transferido por ambulância para uma das unidades de referência da capital.
As unidades disponíveis para receber esses casos mais graves incluem a UPA do Vinhais (em situação de urgência e emergência), além dos hospitais da rede estadual: Hospital da Ilha (Turu), Aquiles Lisboa (Bonfim), Infantil Dr. Juvêncio Mattos (Centro) e Carlos Macieira (Renascença).
A SRAG é uma forma severa da síndrome gripal, causada por vírus, bactérias ou fungos, que compromete seriamente o sistema respiratório. Os sintomas incluem febre, tosse persistente, dor no corpo e dificuldade para respirar. Grupos vulneráveis, como idosos e crianças, são os mais suscetíveis a complicações.
O aumento expressivo de casos tem preocupado tanto as autoridades quanto as famílias, especialmente pelo impacto nos grupos de risco. A SES reforça a importância da vacinação contra a gripe, do uso de máscaras em locais fechados ou com aglomeração, e da busca por atendimento logo nos primeiros sintomas como medidas essenciais para conter o avanço da doença.
A expectativa é que o Hospital de Campanha funcione durante o período de maior incidência de síndromes gripais, com possibilidade de ampliação ou extensão do serviço, caso o cenário epidemiológico se agrave ainda mais.