Uma pequena ilha no Oceano Pacífico, administrada pela Austrália, é muito lembrada nesta época do ano porque leva o nome de “Christmas Island”, ou “Ilha do Natal”, na tradução livre. Este paraíso de belas praias e lugares para mergulho é também um lugar ideal para a proliferação de uma espécie de crustáceo, o caranguejo-vermelho. A Ilha do Natal tem ainda uma história rica marcada pelos navegantes que por ali passaram.
A ilha foi avistada pela primeira vez em 1615 por Richard Rowe, que comandava a embarcação Thomas, e foi nomeada no dia de Natal de 1643 pelo capitão William Mynors, da Companhia Britânica das Índias Orientais. Em 1887, o naturalista britânico John Murray analisou os espécimes e descobriu que o solo da ilha tinha muito fosfato de cal. Logo a ilha foi anexada pela Grã-Bretanha para a exploração do fosfato pela Christmas Island Phosphate Company, Ltd.
Durante a Segunda Guerra Mundial a ilha foi ocupada pelos japoneses. Cerca de 900 soldados japoneses invadiram e ocuparam a Ilha do Natal, aprisionando os europeus que trabalhavam ali e capturando cerca de 1 mil trabalhadores malaios e chineses na selva. A sabotagem das ilhas e os submarinos aliados levaram à suspensão da mineração. Em 1943, metade da população foi enviada para campos de prisioneiros na Indonésia quando a comida escasseia.
Depois da guerra, Austrália e Nova Zelândia compraram a empresa Christmas Island Phosphate e a Ilha do Natal passou a ser administrada pela colônia de Cingapura. Em 1957, o governo australiano pagou 2,9 milhões de libras a Cingapura pela perda de royalties de fosfato. A soberania foitransferida pelo Reino Unido para a Austrália e a Ilha Christmas tornou-se um território Australiano.
Hoje, 65% do território da ilha é ocupado pelo Parque Nacional.