O jornal Folha de São Paulo trouxe uma reportagem interessante sobre o enfrentamento da Covid-19, principalmente no aspecto da vacinação.
Desde o início da imunização, foi criado por alguns o enredo que o Brasil é um dos países que menos vacina e, como de costume, responsabilizaram unicamente o presidente da República, Jair Bolsonaro, pelo tal fato.
No entanto, a Folha mostrou que houve uma aceleração na vacinação por parte do Governo Federal, mas alguns estados, entre eles o Maranhão, acabaram patinando diante desse eventual novo cenário.
No início de março, a média móvel de vacinação no Brasil era de 293 mil vacinas, mas esse número, ainda em março, praticamente dobrou e alcançou a marca de 592 mil. A aceleração aconteceu, entre outros motivos, pela liberação por parte do Ministério da Saúde de utilização de doses reservas.
Só que, de acordo com a reportagem, existe um engasgo em pelo menos sete estados brasileiros, onde foram utilizadas metade ou menos da metade das doses já recebidas.
Os estados que estão nessa situação vexatória são: Maranhão, Acre, Rio de Janeiro, Roraima, Minas Gerais, Mato Grosso e Amazonas. Esses estados puxam a média de vacinação no Brasil para baixo e a situação só não é pior por conta de estados como: São Paulo, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul, que já aplicaram 80% das doses recebidas.
Nesse ranking vergonhoso, e que infelizmente contribui para o avanço da 2ª onda, o Maranhão é o 24º estado que menos vacinou, ficando a frente apenas do Rio de Janeiro, Roraima e Acre.
Só que para alguns a responsabilidade exclusiva pela demora na vacinação segue sendo exclusiva do Governo Federal, mas os números demonstram algo bem diferente.
Por Jorge Aragão