Vestidos de verde e amarelo, bolsonaristas bloqueiam parcialmente a Avenida João Pessoa, no João Paulo, nesta quarta-feira (2). O ato ocorre em frente ao 24º Batalhão do Exército. O grupo levanta cartazes com frases antidemocráticas, canta o hino nacional e tira fotos em frente ao tanque de guerra. O trânsito fica complicado pelo local.
“Queremos investigação da fraude eleitoral“, dizia uma das faixas postas na frente da instituição.
O ato acontece após o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro – PL, derrotado nas eleições de 2022, nessa terça-feira (1º). Em um discurso rápido, no Palácio da Alvorada, o atual presidente agradeceu os votos e disse que as manifestações de caminhoneiros e apoiadores, que bloqueiam rodovias por todo o país, são fruto de “indignação e sentimento de injustiça“. Entretanto, afirmou que os métodos “não podem ser o da esquerda, que sempre prejudicaram a população“.
Atos antidemocráticos
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para confirmar a decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou a imediata desobstrução de rodovias e vias públicas que estejam com o trânsito interrompido ilicitamente.
Além do relator, os ministros Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Edson Fachin e Luiz Fux e as ministras Carmen Lúcia e Rosa Weber (presidente) referendaram a decisão.
Segundo a CNT, os pontos de contenção em estradas e rodovias brasileiras estão causando transtornos e prejuízos a toda sociedade, com paralisações em, pelo menos, 10 estados.
A confederação alegou ainda que os bloqueios estariam acontecendo em razão da “simples discordância com o resultado do pleito presidencial ocorrido no país”, caracterizando-se como “manifestações antidemocráticas e, potencialmente criminosas, que atentam contra o Estado Democrático de Direito”.