Um dado alarmante foi apresentado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), onde só no primeiro semestre de 2020, foram notificados 882 novos casos de hanseníase no Maranhão.
Segundo a SES, no mesmo período foram contabilizadas 990 curas de hanseníase. Ainda de acordo com a SES, em 2019, o estado reduziu em 3,5% o número de casos confirmados da doença quando foram notificados 2.997 novos casos da doença, enquanto que no ano de 2018, o total de casos chegou 3.105.
O Estado conta com as unidades de referência no combate a hanseníase no Centro de Saúde Dr. Genésio Rêgo e Hospital Aquiles Lisboa (HAL), na capital.
“As unidades de referência continuaram abertas, porém no mês de maio e abril houve uma redução muito grande de atendimentos por conta da pandemia. Nesse período, houve uma pequena redução nos atendimentos eletivos, mas continuaram sendo realizados os atendimentos de emergência”, afirma Maria Raimunda Mendonça, do Programa Estadual de Controle da Hanseníase.
Mesmo com redução dos casos em 2019, em 3,5% , segundo o Ministério da Saúde, o Maranhão concentra uma estatística anual que supera o registrado por todos os países da América Sul, conforme levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O Paraguai foi o país da América do Sul, depois do Brasil, que mais registrou casos da doença em 2018, acumulando 345 registros.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil é o segundo país no mundo que mais registra novos casos de hanseníase. Essa doença possui como agente etiológico o Micobacterium leprae, que atinge principalmente a pele e os nervos periféricos com capacidade de ocasionar lesões neurais, conferindo à doença um alto poder incapacitante, principal responsável pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença.
Os sinais e sintomas mais frequentes da hanseníase são:
Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo;
Perda ou alteração de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que podem estar principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas;
Áreas com diminuição dos pelos e do suor;
Dor e sensação de choque, formigamento, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas;
Inchaço de mãos e pés.
Em caso de alguns desses sintomas, o paciente deve procurar um profissional de saúde para um diagnóstico e caso confirmado iniciar imediatamente o tratamento.
Fonte: Lucivaldo Lopes.