Devido ao grande interesse e a pedido dos internautas, a programação das atividades do Lançamento do Satélite Amazonia 1 foi antecipada para às 22h50 de hoje (dia 27).
A cobertura do lançamento será transmitida ao vivo a partir do canal do INPE no Youtube: https://www.youtube.com/inpemct/, e pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), através do canal:
https://www.youtube.com/mctic/live.
Missão Amazonia
A Missão Amazonia irá fornecer dados (imagens) de sensoriamento remoto para observar e monitorar o desmatamento especialmente na região amazônica e, também, a diversificada agricultura em todo o território nacional com uma alta taxa de revisita, buscando atuar em sinergia com os programas ambientais existentes.
O Satélite e Suas Funções
O Amazonia 1 é o primeiro satélite de Observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil.
Amazonia 1 é um satélite de órbita Sol síncrona (polar) que irá gerar imagens do planeta a cada 5 dias. Para isso, possui um imageador óptico de visada larga (câmera com 3 bandas de frequęncias no espectro visível – VIS – e 1 banda próxima do infravermelho – Near Infrared ou NIR) capaz de observar uma faixa de aproximadamente 850 km com 60 metros de resoluçăo.
Sua órbita foi projetada para proporcionar uma alta taxa de revisita (5 dias), tendo, com isso, capacidade de disponibilizar uma significativa quantidade de dados de um mesmo ponto do planeta. Esta característica é extremamente valiosa em aplicaçőes como alerta de desmatamento na Amazônia, pois aumenta a probabilidade de captura de imagens úteis diante da cobertura de nuvens na regiăo.
Os satélites da série Amazonia serăo formados por dois módulos independentes: um Módulo de Serviço, que é a Plataforma Multimissăo (PMM), e um Módulo de Carga Útil, que abriga câmeras imageadoras e equipamentos de gravaçăo e transmissăo de dados de imagens.
A figura abaixo ilustra o satélite Amazonia 1 com seus dois módulos acoplados: Plataforma Multimissăo (Módulo de Serviço, inferior) e o Módulo de Carga Útil (parte superior do satélite). Os painéis de fechamento estăo separados para ilustrar a disposiçăo interna dos equipamentos e subsistemas. O painel solar é mostrado em sua posiçăo recolhida (configuraçăo da fase de lançamento).
Ganhos Tecnológicos Para o País
- A validação da Plataforma Multimissão (PMM) como sistema, gerando confiabilidade e reduções significativas de prazos e custos para o desenvolvimento de futuras missões de satélites baseados na Plataforma Multimissão;
- Consolidação do conhecimento do Brasil no ciclo completo de desenvolvimento de satélites estabilizados em 3 eixos;
- Desenvolvimento da indústria nacional dos mecanismos de abertura de painéis solares;
- Desenvolvimento da propulsão do subsistema de controle de atitude e órbita na indústria nacional, embora utilizando partes adquiridas no exterior;
- Consolidação de conhecimentos na campanha de lançamento de satélites de maior complexidade.
Fonte: INPE