O Tribunal de Justiça do Maranhão determinou a suspensão da eleição para a nova diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipais do Estado do Maranhão (Sinproesemma). A medida foi tomada pelo desembargador Raimundo José Barros de Sousa, que atendeu ao pedido da professora Katia Maria de Almeida Ribeiro, candidata à presidência da entidade.
A professora questionou a lisura do pleito, apontando uma série de irregularidades, como a exclusão arbitrária de 77 municípios da votação, o que impediria milhares de filiados de participar do processo. Além disso, denunciou a divulgação tardia da relação de votantes e dos locais de votação, comprometendo a transparência e a organização dos eleitores. Outro ponto levantado foi o controle absoluto da Comissão Eleitoral pela atual gestão do sindicato.
Na decisão, o desembargador destacou que as alegações da candidata indicam riscos à legitimidade do pleito. Segundo ele, a exclusão de municípios sem a devida comunicação aos eleitores restringe indevidamente o direito ao voto. Além disso, a ausência de um sistema de votação em trânsito foi apontada como um agravante para os filiados que não conseguiriam exercer seu direito de escolha.
Com a suspensão, o processo eleitoral do Sinproesemma ficará paralisado até nova deliberação judicial. A Comissão Eleitoral e a direção do sindicato terão um prazo de 15 dias para se manifestar sobre o recurso. Após esse período, o Ministério Público será acionado para emitir um parecer, antes que seja tomada uma decisão definitiva sobre a validade das eleições.
A suspensão da eleição gera um impasse na disputa pela presidência do sindicato, que representa milhares de profissionais da educação no estado. A medida acende o alerta para a necessidade de maior transparência e garantia de participação ampla no processo eleitoral da entidade.