O desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, ocorrido na tarde deste domingo (22), na divisa entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), mobilizou autoridades ambientais para uma operação emergencial. O acidente resultou na queda de três caminhões no Rio Tocantins, dois deles transportando defensivos agrícolas e um carregado com ácido sulfúrico. A situação levantou graves preocupações sobre a possível contaminação das águas do rio, uma das principais fontes de abastecimento da região.
A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), em conjunto com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (Sema), está conduzindo um monitoramento intensivo da qualidade da água. Equipes técnicas já coletaram amostras em cinco pontos estratégicos do rio, abrangendo desde a barragem da usina hidrelétrica de Estreito até Imperatriz. Os testes envolvem análises de parâmetros básicos e complexos, contando com o suporte da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb-SP).
Além disso, a ANA está calculando o tempo de deslocamento da água potencialmente contaminada e compartilhando dados com prefeituras e órgãos locais. Como medida preventiva, foi recomendada a suspensão temporária da captação de água para abastecimento público em cidades situadas a jusante do local do acidente, nos estados do Maranhão e Tocantins.
Impacto ambiental e ações de mitigação
Com uma extensão de 2.400 km, o Rio Tocantins é fundamental para a economia e o meio ambiente da região Norte e Centro-Oeste do Brasil. O possível impacto do derramamento de produtos químicos representa uma ameaça não apenas à qualidade da água, mas também à fauna e flora aquáticas.
A ANA destacou que está coordenando esforços com órgãos estaduais e federais para minimizar os danos ambientais e assegurar que medidas corretivas sejam adotadas rapidamente. “Nosso objetivo é mitigar os impactos do desastre e garantir a segurança das comunidades que dependem do rio”, informou a agência em nota oficial.
Comunidades em alerta
A suspensão do uso da água do Tocantins afeta diretamente milhares de pessoas, especialmente nas cidades próximas ao local do acidente. Enquanto aguardam resultados mais detalhados das análises, os moradores estão sendo orientados a buscar alternativas de abastecimento e evitar qualquer contato com a água do rio.
O desabamento da ponte e seus desdobramentos levantam questões sobre a necessidade de maior fiscalização e manutenção das infraestruturas no país. Enquanto isso, a população local enfrenta momentos de incerteza, aguardando medidas rápidas e eficazes das autoridades competentes.
As investigações sobre as causas do desabamento continuam, e mais atualizações devem ser divulgadas nos próximos dias.