Na manhã desta sexta-feira, 16, os estudantes da Universidade Estadual do Maranhão, do Campus Paulo VI, em São Luís, fecharam a entrada da universidade em protesto contra a atual gestão. O movimento que vem se estendendo desde a manhã do dia 13, teve seu estopim após o resultado das eleições para reitoria, as três chapas de apoio à atual gestão conseguiram compor a lista tríplice. Os estudantes alegam fraude no processo.
A entrada foi liberada para estudantes e carros em intervalos de dez minutos. Os estudantes argumentam que a atual gestão não tem dado a devida assistência à categoria e as possíveis fraudes no processo eleitoral silenciam a sua vontade. A maioria alega desconhecer os integrantes de duas das três chapas que ganharam o pleito.
“Estamos há quatro dias tentando contato direto com o reitor, para que ele nos ouça, que entre em diálogo com a gente, para que possamos falar as nossas reivindicações. O reitor em nenhum momento nos procurou.” explica o estudante Carlos Daniel. Em decorrência dessa falta de diálogo, os manifestantes resolveram bloquear as portas do campus mais uma vez.
As pautas vão além das eleições, a falta de transparência e diálogo faz com que muitos direitos de assistência e permanência não sejam atendidos. Além de prédios em situação precária e falta de insumos, a atual falta de professores também é uma das pautas importantes dos alunos. Eles declaram que querem um diálogo e uma resposta às suas demandas de forma pacífica, “Estamos lutando para ter um diálogo o mais pacífico possível com o reitor. Pra gente conseguir melhorias dentro da UEMA, porque o que recebemos na UEMA é simplesmente o esquecimento, tanto em São Luís como nos outros polos do estado” revela o Nayan Lopes.
O processo de eleições teve início no período de férias e se estendeu até o dia 12 de setembro, com votação online pelo SigUema. Após um mês de campanha e cinco chapas, muitas reclamações contra o formato das eleições foram feitas e mesmo assim a Comissão Eleitoral, sem representantes estudantis, deu andamento ao processo. Uma série de denúncias como assédio, propaganda em espaço oficial e outras, se somam às denúncias de fraude no processo.
Nesse cenário, os estudantes iniciaram os protestos imediatamente no dia 13 de setembro. A postura de isolamento da reitoria motivou a ocupação do prédio do Núcleo de Tecnologia e Informação, que se encontra ocupado até este momento. A reitoria, alheia às manifestações estudantis, mantém uma rotina que ignora os protestos. Para os estudantes essa política é abusiva, excludente e opressora.
Mesmo com várias manifestações judiciais denunciando os indícios e suspeitas de fraude, o reitor deve homologar o resultado nos próximos dias.
Assista ao vídeo:
Atualização:
Os alunos acabaram de se depararem com mais uma “surpresa”: A direção do Restaurante Universitário – RU afixou um cartaz informando que na refeição de hoje ficará restrita apenas à feijoada, sem acompanhamento e salada, devido ao bloqueio dos portões, porém, os alunos informaram que não houve bloqueio de nenhum carro fornecedor de insumos, alimentos ou materiais para a UEMA. Fica claro aqui a política opressora que está instaurada na reitoria da UEMA e que quer continuar no poder a qualquer custo. Alô Carlos Brandão! O próprio Gustavo, atual reitor da UEMA, está sabotando a sua campanha!
Segue o cartaz afixado com o informativo sobre a refeição de hoje: