Não é segredo para ninguém que o governador Flávio Dino é um político muito ambicioso, e ao lado de seu fiel escudeiro Márcio Jerry, controlou o Partido Comunista do Brasil – PCdoB no Maranhão, sendo eleito deputado federal e posteriormente chegando ao maior cargo do executivo estadual.
O PCdoB que era uma legenda ínfima, teve que se render e entregar o comando a Márcio Jerry. Após muitos avanços e crescimento partidário até aqui, Dino vem com a desculpa de perda de forças por conta da cláusula de barreira, e se filiou ao Partido Socialista Brasileiro para disputar o senado em 2022.
Porém, a grande verdade é que não havia necessidade alguma de deixar o PCdoB para tal, afinal, com o aporte criado em torno de seu nome e de outros membros, como a ex-candidata a vice-presidente Manuela Dávila, não seria tão difícil aglutinar novos filiados e manter a legenda capaz de superar os obstáculos legais.
Conseguimos informações que a verdadeira intensão do PSB é usar Flávio Dino “a lá Eduardo Campos”, que foi o melhor governador de Pernambuco, e tinha vertiginosa chance de ser eleito presidente em 2014, mas fatidicamente faleceu em um acidente aéreo no mesmo ano. Algumas teorias sugerem que foi assassinato, suspeitos não faltam… Ele concorria contra Aécio Neves – PSDB, que teve um helicóptero com quase meia tonelada de cocaína apreendido em sua fazenda, e teve uma ligação grampeada sugerindo matar seu próprio primo para não ter informações de pagamento de propina vazados. A outra concorrente era Dilma Rousseff – PT, partido suspeito de mandar matar o prefeito Celso Daniel também do PT, o qual possuía um dossiê com informações de desvio de dinheiro ao partido.
Apesar de Eduardo Campos ser uma perda irreparável é insubstituível, o PSB acredita que Flávio Dino, mesmo de longe, não é um dos melhores governadores que o nordeste já teve, midiaticamente cumpriu o seu papel como João Doria -PSDB, outro governador que tem pretensões presidenciáveis, apesar de ser contra gosto de seu partido.
Na prática, o Maranhão sofre cada vez mais na sua regência de mão de ferro, atacando opositores, levando a população a entrar no maior indicie de miseráveis, segundo dados do IBGE, e tantas outras coisas que o desabonam, como o boicote na vacinação da grande capital São Luís, por desavenças com o prefeito Eduardo Braide, que conseguiu ser referência como a primeira capital a vacinar a população com 18 ou mais.
Apesar do PSB ter a palavra “socialista”, ele se distanciou da vertente de esquerda ao longo do tempo, e desde 2014 quando se uniu ao PSDB no segundo turno das eleições para presidente, tendo Marina Silva que disputou o primeiro turno com derrota na chapa como candidata a vice, apontou que tomou rumos politicamente de direita.
Os interesses de Flávio Dino e PSB se convergem no fato da legenda ansiar por um nome de “peso” (e o único peso que Dino tem não está no nome), e de Flávio Dino por ter uma estrutura de campanha maior, coisa que nunca o PCdoB poderia proporcionar.
Resta saber se mesmo escampando do estigma do nome “comunista” compor o nome do partido, Flávio Dino vai conseguir driblar o ranço que o brasileiro tem contra aqueles ligados ou que já foram ligados ao comunismo.