O estado do Maranhão foi protagonista no segundo turno da eleição presidencial nesse domingo (30) graças aos eleitores que deram mais de 70% dos votos para o ex-presidente Lula da Silva – PT que foi eleito pela 3ª vez para o Palácio do Planalto.
Mas outra figura que teve papel crucial e de extrema importante nesse processo foi o vice-governador eleito Felipe Camarão – PT.
Para entender a relevância de Camarão nesse “pirão”, precisamos lembrar-nos da conjuntura dos últimos quatros anos, em que através de outro golpe, Lula foi preso de forma indevida e a esquerda como um todo sofreu diversos ataques. Apesar de ter sido inocentado, o Lula teve que lutar contra a máquina presidencial e diversas armas sujas como as fakenews que eram usadas sistematicamente todos os dias.
E apesar do Nordeste como um todo ser muito grato pelas gestões petistas por conta dos avanços que nossa região ganhou, a direção estadual do PT no Maranhão precisou combater também uma onda conservadora que tentou suprimir a esperança do nosso povo.
Durante todo o primeiro turno Camarão foi muito aguerrido, tanto na campanha para o Palácio dos Leões quanto na campanha para eleger Lula.
Inclusive precisou levar a campanha eleitoral nas costas sozinho por quase 2 meses quando o governador eleito em sua chapa, Carlos Brandão – PSB precisou tirar licença médica.
Camarão foi o ‘cabra’ que foi o nome de Lula durante o primeiro turno, afinal Brandão não tinha como representar Lula, não só pela falta de proximidade, mas, sobretudo por ter sido de um partido que bateu muito no PT. E no segundo turno ele foi exponencial, o carro motriz viajando por todo estado puxando voto para o Lula.
Ele se tornou o grande expoente da política maranhense, com a aposentadoria de Brandão, ele tem todos os atributos para se tornar o próximo governador do Maranhão.
Com um perfil de liderança aglutinadora, que consegue dialogar com todas as vertentes políticas e movimentos sociais, qualidades importantes para um chefe de estado.
Felipe Camarão é professor de Direito na Universidade Federal do Maranhão – UFMA e procurador federal. Ele começou a dirigir o PROCON com apenas 23 anos, foi aprovado em vários concursos públicos ao longo da carreira, inclusive o de procurador federal, tendo chegado a chefe do escritório de representação da Advocacia-Geral da União no Estado e procurador-chefe da Procuradoria Seccional Federal de São Luís.
No final de 2008, foi nomeado procurador-chefe da Procuradoria Federal no Maranhão. Exerceu também o cargo de procurador-chefe da Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS (PFE/INSS) e de subprocurador-chefe da UFMA.
Durante o governo de Flávio Dino, a partir de 2015, Felipe Camarão foi titular das secretarias estaduais da Gestão e Previdência, de Cultura e de Governo, antes de ser nomeado em 2016 para a Secretaria de Estado da Educação, onde ficou até março de 2022, quando teve de se desincompatibilizar a fim de concorrer às eleições para o Senado.
Durante os 6 anos como secretário da Educação, sendo considerado o gestor que permaneceu por mais tempo à frente da pasta no Estado, Felipe Camarão comandou o Programa Escola Digna, que revolucionou a educação no estado e elevou os índices educacionais, e realizou cerca de 1.500 obras no setor.
Sua autoridade política atual não vem somente pelo o fato de ter sido eleito governador ou por estar filiado ao Partido dos Trabalhadores, isso foi uma construção ao longo de sua carreira, que lhe rendeu uma boa relação com a UFMA, com o judiciário, e é bem quisto pelos professores, que além de serem grandes formadores de opinião na nossa sociedade, é a maior classe do funcionalismo público no nosso estado.
Agora resta esperar Camarão e Lula assumirem seus respectivos cargos, pois o presidente eleito tem um íntimo apreço pelo o Maranhão, e Felipe Camarão vai ser a ponta de lança de Lula para por em prática todos os antigos projetos dos governos anteriores do PT, que alavancaram a economia no nosso estado e qualidade de vida do novo povo.