Nesse momento de paralisia quase integral da rotina para a maioria dos cidadãos, perguntas ressurgem com insistência. Qual o resultado do meu sacrifício pessoal no combate coletivo ao novo coronavírus? Quando será possível voltar ao mundo para tentar compreendê-lo depois dessa sacudida? Quanto do que eu fazia antes continuará a fazer sentido após a retomada do que se instituiu como normalidade?
São dúvidas bastante razoáveis para quem se vê no meio de um processo que acelera transformações na sociedade. Da parte do poder público, além de realizar o manejo sanitário alicerçado na ciência e no que preconiza a cooperação internacional, visto que ações isoladas de nada valem num mundo cada vez mais globalizado, é fundamental medir o desempenho das ações com métricas confiáveis.
Parece um desafio a mais quando, no seio do serviço público, estatísticas se perdem no gigantismo das estruturas burocráticas e, não raro, no interesse eleitoral mais imediato do governante de plantão. É importante, pois, que os dados sobre mortes, infectados e ocupação hospitalar sejam confiáveis, a ponto de oferecer os horizontes que uma população confinada tanto precisa.
(O Popular)