Nicette Bruno, de 87 anos, perdeu a batalha contra a Covid-19 neste domingo, dia 20. A atriz estava internada com Covid-19 no CTI da Clínica São José, na Zona Sul do Rio. No Instagram, Beth Goulart, filha da atriz, explicou que a mãe chegou com quadro estável na unidade saúde, porém piorou com o passar dos dias e precisou ser intubada. Ela deixa três filhos.
Em nota, a equipe do hospital lamentou a morte da atriz: “A Casa de Saúde São José informa que a atriz Nicette Bruno, que estava internada no hospital desde 26 de novembro de 2020, faleceu hoje, às 11h40, devido a complicações decorrentes da Covid-19. O hospital se solidariza com a família neste momento”, afirmou.
Nicette também ficou muito conhecida por interpretar Dona Benta de 2001 a 2004, no ”Sítio do Pica Pau Amarelo”. A trajetória de Nicette na Globo, porém, começou bem antes dela integrar o seriado infantil: a artista trabalhou novelas como “Selva de pedra” (1986), “Bebê a Bordo” (1988), “Rainha da Sucata” (1990), “Mulheres de Areia” (1993), “Alma gêmea” (2005), “Ti-ti-ti” (2010), ”Salve Jorge” (2011) e ”Órfãos da terra” (2019).
Nicette iniciou sua carreira artística aos 4 anos, cantando em um programa infantil na Rádio Guanabara. Dos 6 aos 11 anos, a artista estudou música e participou de grupos de teatro até fazer sua estreia nos palcos no início da adolescência. Aos 14 anos, já era profissional de teatro, contratada pela Companhia Dulcina-Odilon. Nicette também foi uma pioneira da televisão, estreando na TV Tupi em 1950, fazendo participações em recitais e teleteatros. Passou pela TV Continental e TV Excelsior até ser convidada pelo ator e diretor Fabio Sabag para trabalhar no seriado “Obrigado, Doutor“, na TV Globo, em 1981. A primeira novela da atriz na emissora foi gravada no ano seguinte, em ”Sétimo sentido”.
Nicette foi casada com o ator Paulo Goulart, que morreu em março de 2014 por causa de um câncer. O casal ficou junto por 60 anos e teve três filhos: Beth Goulart, Bárbara Bruno e Paulo Goulart Filho. Eles se conheceram no teatro em 1952.
”Eu e Paulo tínhamos uma afinidade cênica muito grande. Tanto que nos conhecemos em cena, né? Trabalhar juntos era muito bom, porque tínhamos a mesma seriedade, sabíamos separar a nossa relação. Quando estávamos em cena, éramos personagens, não a nossa individualidade”, descreveu Nicette ao Memória Globo.