Tido poucos meses atrás como o principal adversário do deputado federal Eduardo Braide (Podemos) por sua expressiva votação em São Luís nas eleições de 2018, aos poucos o jeito controverso de ser começa a afundar a pré-candidatura de Duarte Jr (Republicanos).
Mesmo com o pior início de um parlamentar na Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão desde a redemocratização (já na primeira sessão o deputado se colocou como uma espécie de carrasco dos colegas, chegando a insultar o decano César Pires), Duarte era tido por muitos como um político promissor.
Os meses foram passando e o deputado foi acumulando desafetos. Chegou a dizer em programa de rádio local que Rubens Pereira Jr (PCdoB) entrou na política pelas portas dos fundos ao assumir a vaga do pai por este ser ficha suja. Coube a Wellington do Curso, adversário declarado do governo, a defesa de Rubens.
Lideranças partidárias também perderam a esperança nas chances de Duarte. Se em 2019 os partidos se ouriçavam com a possibilidade de integrar a chapa do ex-mandatário do Procon, hoje ele agoniza com o abandono das legendas que pulam fora de sua coligação. E se não tivesse o apoio do vice-governador, Carlos Brandão, é bem provável que Duarte Jr sequer tivesse dois dígitos nas pesquisas.
Mas, o que causou essa decadência? Nenhum político que tenta tirar proveito de toda e qualquer situação, que coleciona adversários por razões bobas, que encara polêmicas como combustível político e trata a população como idiota vulnerável a qualquer tipo de bravata tem chance no executivo.
O fantasma de uma queda pelas tabelas é real por um simples motivo: quanto menores as chances na eleição, maiores as chances de um ato transloucado movido por desespero.
Linhares Jr.