Cemitérios verticais, centenas de coveiros temporários e toda adequação no sistema funerário são apenas alguns dos muitos reflexos na vida real do impacto que o novo coronavírus trouxe para a cidade de São Paulo.
Com 4.605 mortos pela doença até esta quarta-feira (6), o município continua em quarentena até pelo menos o dia 15 de junho, com impedimentos para o comércio no atendimento dos consumidores e circulação nas ruas radicalmente reduzida.
O total supera a soma dos mortos em nove países da América Latina: Chile, Colômbia, Argentina, Bolívia, Venezuela, Paraguai, Uruguai, Guiana e Suriname.
Logo atrás de São Paulo vem o Rio de Janeiro, com 3.828 mortos. Na sequência, a Cidade do México, que registra até agora 2.850 mortes por Covid-19, e Lima, capital do Peru, que tem 1.947 mortes pela doença. Os números são dos órgãos oficiais destes países.
Mais que o Equador
Tanto São Paulo quanto o Rio de Janeiro superam em número de mortes o total de vítimas por coronavírus no Equador. No país, 3.438 pessoas já perderam a vida tentando vencer a Covid-19.
A situação chegou a se tornar emblemática com corpos acumulados sem poder ser sepultados pelas ruas de Guayaquil, cidade portuária onde houve contaminação massiva.
Ocupação nas UTIs
A cidade de São Paulo registrou 64% de ocupação nos leitos de UTI nesta quarta-feira. O prefeito Bruno Covas (PSDB) avalia que isso pode apontar para um “efeito platô”, derrubando a curva e estabilizando o número de quartos tomados para o combate ao coronavírus na capital paulista.
Por Pedro Duran, Julyanne Jucá e André Rosa da CNN em São Paulo