Das regras adotadas para o enfrentamento à pandemia de Covid-19, provocada pelo novo coronavírus, a que menos tem registrado intercorrência durante as fiscalizações realizadas pela Prefeitura de São Luís é quanto ao uso de máscara, um equipamento de proteção capaz de salvar vidas. Com a transmissão comunitária e o crescimento de casos da doença em todo o país, o acessório foi incorporado, sem resistência, na rotina da população ludovicense. Agora, com o regime de lockdown, a gestão do prefeito Edivaldo Holanda Junior determinou que as máscaras sejam de uso obrigatório no interior do transporte urbano – tanto para passageiros, quanto para motoristas e cobradores – e também em mercados e feiras da capital – para feirantes, funcionários da administração e consumidores. Já o Decreto Estadual Nº 35.784/2020 estabelece que o acessório também é obrigatório em todos os locais públicos ou privados de uso coletivo.
As máscaras só não são mais importantes que o distanciamento social, mas possuem grande significado no combate à Covid-19. As máscaras, sejam elas descartáveis, reutilizáveis ou caseiras têm tido adesão quase universal por parte da população de São Luís. “Felizmente, não temos registrado resistência por parte da população quanto ao uso de máscara. Somada ao distanciamento social, lavagem correta das mãos ou uso de álcool em gel, o uso de mascara é um cuidado importante no combate ao coronovírus. Aderindo ao uso da máscara e obedecendo às demais regras de enfrentamento, certamente passaremos por essa crise bem mais rápido”, ressaltou o prefeito Edivaldo Holanda Junior.
Antes do início do bloqueio mais rigoroso do funcionamento dos serviços públicos, comércio e outras atividades não essenciais, o chamado lockdown, a Prefeitura de São Luís já vinha investindo em orientação para o uso de máscara pela população em geral, desde que o Ministério da Saúde reconheceu, há pouco mais de um mês, que a máscara é uma arma importante no combate à Covid-19. Agora, com o Decreto Estadual N° 35.784/2020, ela se tornou obrigatória para todos os ludovicenses durante estada em locais públicos ou privados de uso coletivo, e as equipes de fiscalização têm registrado positivamente essa adesão durante as inspeções realizadas de forma ainda mais incisiva, desde o dia 5 de maio, nesses espaços.
“Durante nosso trabalho de fiscalização em diversos pontos da cidade, o que temos percebido é o uso da máscara por todos que encontramos. Nosso trabalho, na maior parte, é de orientação das regras de prevenção e até agora não houve resistência em seguir, as pessoas recebem bem as orientações e estão cumprindo adequadamente com o recomendado pela Prefeitura de São Luís”, destacou o superintendente de Fiscalização de Postura da Blitz Urbana, Arnoldo de Assis Bastos Segundo.
A equipes das secretarias municipais de Segurança com Cidadania (Semusc), de Agricultura, Pesca e Abastecimento (Semapa), de Trânsito e Transportes (SMTT) e a Vigilância Sanitária Municipal são as responsáveis pela fiscalização de feiras, mercados municipais, supermercados e transporte coletivo, e, até o momento, não registraram o descumprimento de proprietários de estabelecimentos, funcionários e clientes em relação ao uso da máscara. Todos estão fazendo cumprir as recomendações e novas regras da Prefeitura de São Luís e contribuindo para o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.
CONSCIENTIZAÇÃO
A Prefeitura de São Luís passou a recomendar o uso de máscara e, desde o dia 5 de maio, a fiscalizar os locais em que o uso é obrigatório e orientar a população sobre a importância do uso no combate ao novo coronavírus. Há algumas semanas, ela vem fazendo parte da rotina de muita gente e oferecendo uma segurança a mais para quem precisar sair em caso de extrema necessidade, como para ir ao supermercado comprar mantimentos, a exemplo do universitário Alan Patrick Lindoso, de 23 anos.
“No início, quando ainda havia toda aquela questão de ter que usar máscaras, mas elas estarem em falta nos pontos de venda, a gente tentava não sair muito de casa para atividades básicas. Desde que as autoridades de saúde passaram a recomendar o uso das máscaras de pano e elas se tornaram algo bem mais acessível à população, aqui em casa nós começamos a usar para sair e realizar atividades como comprar alimentos e medicamentos de maneira mais segura, sempre seguindo o que as autoridades competentes recomendam com relação aos cuidados nos ambientes coletivos e até mesmo de preservação da própria máscara”, disse Alan.
Assim como ele, quem também se protege e possibilita proteção aos outros é a artesã Claudecy Benavenuto, de 62 anos. “O uso da máscara é fundamental. À medida que eu estou usando e o outro também, já impede a transmissão. A fiscalização que está sendo realizada é uma medida excelente e, por causa dela, observo que cada dia mais as pessoas estão procurando mais a máscara. Aqui em casa mesmo, muitos têm vindo procurar e eu tenho vendido bastante, o que significa que as pessoas estão se conscientizando sobre o uso”. Claudecy passou a produzir máscaras e vender para os vizinhos do bairro em que reside na capital.
Uma vez que as máscaras cirúrgicas e a N95 devem ser de uso exclusivo por profissionais de saúde, para não provocar escassez na rede, o Ministério da Saúde recomenda que a população utilize máscara caseira, que se feita da maneira correta, tem o mesmo nível de proteção que uma máscara hospitalar.
Pesquisas têm apontado que a utilização dessas máscaras caseiras impede a disseminação de gotículas expelidas do nariz ou da boca do usuário no ambiente, garantindo uma barreira física que vem auxiliando na mudança de comportamento da população e diminuição de casos. Nesse sentido, sugere-se que a população possa produzir as suas próprias máscaras caseiras, utilizando tecidos que podem assegurar uma boa efetividade se forem bem desenhadas e higienizadas corretamente.
O importante é que a máscara seja feita nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz e que esteja bem ajustada ao rosto, sem deixar espaços nas laterais. Dado que, quanto maior a aglomeração de pessoas, maior a probabilidade de circulação do vírus, o uso das máscaras caseiras faz especial sentido quando houver necessidade de deslocamento ou permanência para um espaço onde há maior circulação de pessoas.