Dando a sequência da série de lives, para colaborar com o atual momento dos negócios no País, hoje, quarta-feira, 15 de abril, com a mediação de Marcos Gouvêa de Souza, diretor-geral do Grupo GS& Gouvêa de Souza, especialistas conversam sobre diversas pontas da cadeira de varejo. O encontro contou com a presença Claudia Abreu, CEO do Mundo Verde; Marcelo Silva, presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) e Waldir Beira Júnior, presidente Executivo da Ypê.
Os palestrantes têm como senso comum a ideia de que boa parte da cadeia de produção e consumo está focada em higiene. As primeiras medidas a serem tomadas internamente pelos especialistas da marca Ypê foi viabilizar a produção de álcool em gel em menos de 72 horas. Para Waldir Junior, presidente Executivo da Ypê, o desafio foi produzir um produto que ainda não estava na planta da empresa.
“Isso vai além dos métodos e procedimentos habituais da companhia, mas em um novo momento como esse, foi preciso se organizar rapidamente tanto do ponto de vista de produção rápida, quanto a parte burocrática para aprovação junto aos órgãos responsáveis”, afirma o especialista, que já atinge a marca de mais de 1,5 milhão de frascos de álcool distribuídos para uso dos colaboradores e hospitais, além de disponibilizar o produto para os varejistas.
O executivo ainda afirma que diante de um cenário ruim não adianta buscar um culpado para responsabilizar, mas sim soluções tangíveis, mesmo que sejam feitas a curto prazo. “O comitê de gestão de crise busca dividir o problema em duas variáveis diferentes. A primeira é a incontrolável, quando nós temos o conhecimento de um problema ainda sem solução, como o caso da pandemia. Já as ações que estão sob nosso controle é a controlável que são as precauções no geral e medidas internas das organizações”, explica o especialista, que acredita que as convergências precisam ser maiores que as divergências.
Com alteração e adequação de todas as cadeiras de suprimentos, o foco também está na sobrevivência das empresas, para que não haja ruptura ou fissuras na cadeia de produção como um todo, isso inclui desde os suprimentos que são importados até mesmo a ponta do varejo que é o PDV. De um modo geral, além de atender as demandas de saúde, as companhias estão focadas na continuidade da operação. Os especialistas observam que as questões econômicas estão em segundo plano pelo menos por enquanto.
Com tantas mudanças no comportamento do consumidor, Waldir acredita que chegaremos ao modelo diamante de negócio. “A troca de informações e feedbacks entre ambos, terá uma velocidade maior, e com isso é necessário que as empresas ouçam o seu público de forma mais ativa. Essa fase permite um amadurecimento mais rápido, já que clientes e colaboradores contribuem de uma forma coletiva para o bem comum”, conclui o presidente Executivo do Grupo Ypê.
(Mercado e Consumo)