Estudantes da instituição foram surpreendidos nesta semana com a confirmação de mais um atraso no pagamento das bolsas e auxílios concedidos pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PROAES). Segundo nota oficial divulgada pela própria Pró-Reitoria, os valores referentes ao mês de abril só serão creditados entre os dias 9 e 12 de maio de 2025 — um intervalo que ultrapassa o início do mês letivo e compromete a rotina de centenas de bolsistas.
A justificativa, genérica e sem detalhes, afirma apenas que o atraso ocorre “excepcionalmente”, e que a equipe está “trabalhando diligentemente” para resolver a situação. Contudo, para os estudantes que dependem do auxílio para alimentação, transporte e moradia, a espera representa um agravamento na já delicada situação de permanência estudantil.
“Não tem como manter os estudos com tanto descaso. A gente conta com esse dinheiro para viver”, afirma Letícia Santos, estudante de Ciências Sociais, bolsista do auxílio-permanência há dois anos. Como ela, muitos universitários relatam dificuldades com aluguel, alimentação e compra de materiais essenciais.
Essa não é a primeira vez que a universidade enfrenta atrasos no repasse das bolsas. O histórico recorrente de falhas no cronograma de pagamentos levanta dúvidas sobre a gestão dos recursos destinados à assistência estudantil e a falta de transparência no processo. A PROAES, até o momento, não apresentou explicações claras sobre a origem do problema, tampouco divulgou medidas concretas para evitar novas ocorrências.
Em um contexto de crescente evasão e vulnerabilidade estudantil, o atraso reforça a sensação de abandono vivida por alunos de baixa renda, que dependem integralmente das políticas de permanência. “É incoerente defender a inclusão social sem garantir o básico para quem já conquistou a vaga”, aponta o representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE), em nota.
A comunidade acadêmica aguarda atualizações e cobra da universidade mais responsabilidade, compromisso e, sobretudo, respeito com os estudantes que mantêm a instituição viva.
Em tempos: Danilo Lopes, pró-reitor da PROAES, volta a demonstrar, de forma clara e transparente, sua incapacidade à frente da pasta. Como se não bastassem as inúmeras denúncias envolvendo o processo de seleção das bolsas, há também críticas sobre o uso dessas bolsas para a cooptação de lideranças estudantis e de conselheiros universitários — ou melhor, de pseudo-conselheiros.
Uma análise mais profunda das lideranças estudantis revela um número surpreendente de beneficiários dessas bolsas, conforme apurado por nossas fontes. Ao que tudo indica, todos estão com “dinheirinho no bolso”, especialmente aqueles indicados por um grupo político estudantil alinhado com Danilo Lopes. Há denúncias sérias contra alguns desses indivíduos, incluindo fraudes, falsidade ideológica e processos em andamento tanto na Polícia Federal quanto na Polícia Civil.
Além disso, a situação do Restaurante Universitário é alarmante: a qualidade da comida é péssima, e a empresa responsável tem sido acobertada, mesmo diante de inúmeros erros. Como se não bastasse, outros programas e bolsas sociais voltados aos estudantes foram extintos sem qualquer justificativa ou consulta prévia à diretoria oficial do DCE.
Vivemos tempos difíceis na Universidade Federal do Maranhão, enfrentando o que muitos consideram a pior gestão de sua história. Resta saber até onde vai o declínio da nossa universidade.