O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), sinalizou mudanças significativas na composição do seu governo ao admitir a possibilidade de uma reforma administrativa no Executivo estadual. A medida busca fortalecer sua base política e otimizar o desempenho da gestão pública.
Durante entrevista recente, Brandão destacou a necessidade de ajustes para melhorar a harmonia entre os integrantes do primeiro escalão do governo. “Você tem que ter a capacidade de fazer com que todos toquem afinados nesta orquestra. Temos dois anos de governo e a gente tem a capacidade de avaliar para fazer os reparos. O governo está muito bem avaliado, mas a gente precisa melhorar cada vez mais”, afirmou.
Uma das principais razões para a reforma administrativa é ampliar a participação de partidos na gestão, consolidando alianças estratégicas. Entre os possíveis beneficiados está o PL, liderado no estado por Josimar de Maranhãozinho.
Na semana passada, rumores de mudanças ganharam força após a exoneração de Pedro Chagas da Secretaria de Meio Ambiente (Sema). No entanto, a decisão foi revertida poucas horas depois, e Chagas permaneceu no cargo.
A exoneração estava ligada a um movimento para realocar Chagas na Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), responsável pelo Porto do Itaqui. Contudo, a nomeação foi inviabilizada pela Lei das Estatais, que impede a nomeação de pessoas com atividades político-partidárias nos últimos três anos. Como Chagas foi tesoureiro do PSDB até 30 de dezembro de 2024, ele não pode assumir o posto.
Com o episódio, Brandão busca novas alternativas para iniciar a reforma administrativa. Fontes próximas ao governo afirmam que as mudanças deverão ser cuidadosamente planejadas para equilibrar critérios técnicos e políticos.
A expectativa é que, além de fortalecer alianças, a reforma traga maior eficiência ao Executivo, garantindo que o governo mantenha a aprovação popular e a governabilidade até o final do mandato.