Neste domingo (6), dia do primeiro turno das eleições municipais de 2024, eleitores de São Luís se depararam com uma cena já conhecida, mas que gera insatisfação: a grande quantidade de ‘santinhos’ de candidatos espalhados nos arredores dos locais de votação. A sujeira, que costuma se concentrar na entrada das escolas e demais pontos de votação, é um problema recorrente nas eleições e voltou a ser registrada em diversos bairros da capital maranhense.
Entre os locais mais afetados estão as escolas UEB Maria do Carmo Abreu da Silveira e Colégio Expertise, no bairro Cruzeiro do Anil, e o Centro de Ensino Ignácio Rangel, na Cidade Operária. No último, além da sujeira causada pelos papéis de propaganda eleitoral, um esgoto a céu aberto agrava a situação, fazendo com que os santinhos se misturem à lama, criando um ambiente ainda mais insalubre para os eleitores que passam pelo local.
Imagens capturadas pela reportagem mostram córregos de água pluvial carregando pilhas de santinhos na Avenida Sol Nascente, no bairro Sol e Mar. A cena se repete em vários pontos da cidade, evidenciando a falta de fiscalização e a prática irregular da distribuição de material de campanha nas proximidades das seções eleitorais.
A sujeira dos santinhos não é apenas uma questão ambiental e estética, mas também pode causar acidentes, como escorregões, além de ser uma prática ilegal, já que a legislação eleitoral proíbe a realização de propaganda política no dia da eleição e a menos de 200 metros das zonas eleitorais. Apesar disso, muitos candidatos ainda recorrem à distribuição de santinhos na tentativa de angariar votos de última hora.
Enquanto as cenas de poluição visual e irregularidades no uso de propaganda se repetem, o Maranhão segue com números significativos de eleitores aptos a votar. Segundo dados da Justiça Eleitoral, o estado conta com 5.180.738 eleitores cadastrados, dos quais 92,64% já fizeram a biometria, que inclui foto, assinatura e digitais.
No total, o Maranhão tem 217 municípios, com 19.669 seções eleitorais distribuídas em 6.014 locais de votação. Mesmo com o avanço na tecnologia eleitoral, a prática de jogar santinhos ainda persiste, deixando marcas no cenário político e no meio ambiente.
As autoridades eleitorais e ambientais reforçam a importância de denúncias contra a prática irregular, esperando que, em eleições futuras, a conscientização e o cumprimento das leis sejam suficientes para acabar com esse problema.