Nesta sexta-feira (27), Macaé Evaristo tomou posse como ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, em cerimônia no Palácio do Planalto. Nomeada em 11 de setembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Macaé assume o cargo com a missão de fortalecer políticas de inclusão, diversidade e solidariedade.
Em seu discurso, a ministra destacou a necessidade de promover os direitos humanos em todas as camadas da sociedade, com especial atenção às populações vulneráveis. “Temos a tarefa de dialogar e disputar o próprio sentido dos direitos humanos”, afirmou Macaé, ressaltando que a verdadeira essência do conceito deve ser materializada no cotidiano das pessoas comuns.
Direitos Humanos e Diversidade
Para a ministra, o trabalho de sua pasta deve focar na valorização das comunidades periféricas e rurais, combatendo todas as formas de discriminação, como racismo, machismo, capacitismo e LGBTQIA+fobia. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, sob sua liderança, será voltado para o cuidado comunitário, buscando construir um Brasil mais justo, sem fome, miséria ou exclusão.
Macaé citou o conceito africano de “ubuntu”, que significa “humanidade para todos”, como um pilar central de sua gestão. “Só alcançamos a plenitude como indivíduos na coletividade”, reforçou.
A nova ministra assume o cargo em um contexto delicado, após a saída do ex-ministro Silvio Almeida, envolvido em denúncias de assédio sexual. Macaé se comprometeu a enfrentar a desconfiança em relação aos direitos humanos no Brasil, onde muitas vezes essa agenda é associada a questões controversas. “Precisamos entender a tensão entre afirmação e negação dos direitos humanos”, disse.
Macaé Evaristo é natural de São Gonçalo do Pará, Minas Gerais, e possui vasta experiência em educação e direitos humanos. Graduada em Serviço Social, ela já foi secretária de Educação de Belo Horizonte e de Minas Gerais. No governo federal, atuou no Ministério da Educação durante o governo Dilma Rousseff, coordenando iniciativas como as cotas para estudantes de escolas públicas e indígenas.
Agora, à frente do Ministério dos Direitos Humanos, Macaé pretende continuar sua luta pela igualdade e pelos direitos das minorias, reafirmando seu compromisso com a inclusão e o respeito à diversidade da população brasileira.