Durante as assembleias, foi apresentada aos trabalhadores a contraproposta dos empresários, que incluía a redução do valor do ticket alimentação, a não garantia da manutenção do plano de saúde e a ausência de qualquer reajuste salarial. Diante do que foi percebido como uma falta de compromisso em garantir direitos fundamentais, os rodoviários, de maneira unânime, votaram pela deflagração de estado de greve, sinalizando a disposição para cruzar os braços após o prazo de 72 horas necessário para as devidas comunicações legais aos órgãos envolvidos e à justiça.
Marcelo Brito, Presidente do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão (STTREMA), expressou a insatisfação da categoria em um vídeo divulgado, detalhando as razões da decisão e reforçando a seriedade da situação. “É uma decisão que não foi tomada de ânimo leve. Tentamos negociar de todas as formas possíveis, mas fomos confrontados com propostas que simplesmente ignoram as necessidades básicas dos nossos trabalhadores”, afirma Brito.
A greve tem base legal na Lei 7.783/89, que regula o exercício do direito de greve, sublinhando a falta de diálogo por parte do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET) em relação às reivindicações apresentadas pelos rodoviários. A categoria reitera que a greve é uma resposta à intransigência dos empresários e ao descaso com a data-base do ano vigente.
A comunidade de São Luís e Região Metropolitana deve se preparar para os impactos dessa paralisação, que promete afetar o dia a dia de milhares de pessoas que dependem do transporte público para suas atividades diárias. As negociações ainda podem ter novos capítulos até a data marcada para o início da greve, mas, por ora, os rodoviários se mantêm firmes na decisão de lutar por seus direitos.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros ainda não se manifestou publicamente sobre a decisão da greve. A situação exige a atenção de todos os envolvidos, na esperança de que uma solução que atenda às necessidades dos trabalhadores possa ser encontrada antes que os impactos da greve se tornem realidade.