Com a chegada do período chuvoso, é importante que a população fique atenta às situações de risco causadas pelo mau tempo, além de praticar algumas ações preventivas.
A autônoma Maria do Perpétuo Socorro, de 44 anos, moradora do bairro Jórdoa, em São Luís, lida há 20 anos com o medo provocado pelo período de chuvas na capital. Ela revela que precisa conviver com a possibilidade de desabamento e o risco de doenças ocasionados pelas enchentes.
“Muitas vezes acordamos com a casa cheia de lama, contendo sapos e outros animais mortos. Nosso bichinho de estimação já adoeceu várias vezes por conta da água contaminada”, desabafou. Maria do Perpétuo Socorro afirma que as soluções até então apresentadas pelos órgãos responsáveis foram temporárias.
Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), durante o primeiro semestre do ano, os prejuízos causados por desastres naturais no estado foram predominantemente relacionados às chuvas intensas, que provocaram inundações, enxurradas, alagamentos e deslizamentos de massas.
O meteorologista da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Hallan Cerqueira, afirma que o mês de dezembro marca a transição do período seco ao período chuvoso, chamado “período transitório”. Para Halan, as chuvas intensas são características dessa transição.
“O período transitório costuma durar cerca de dois meses. Esses momentos, com risco de eventos extremos, são constantemente monitorados pelo Instituto Nacional de Meteorologia, para que os alertas sejam emitidos e respeitados, já que chuvas são comuns neste período do ano”, esclareceu.
Segundo o CBMMA, o volume das chuvas alterou o volume máximo de todas as bacias maranhenses, afetando milhares de famílias em 2023, com cerca de 80 municípios decretando emergência.
Por Difusora On